A sorte grande e o azar canarinho: Arsenal elimina FC Porto nas grandes penalidades (4-2)

Recorde as incidências da partida

Depois da vitória na primeira mão, Sérgio Conceição repetiu o onze do Dragão (1-0), e da vitória (3-0)sobre o Portimonense, no Emirates, sendo a principal novidade a presença de Mehdi Taremi, a começar no banco. André Franco, que viajou para Londres, foi o preterido.

Do lado do Arsenal, Mikel Arteta, sem o lesionado Martinelli, apostou em Jorginho no onze inicial, colocando Trossard, que na primeira mão ao meio, pela esquerda com Havertez no centro e Saka pela ala direita.

Perigo antes do quarto de hora

O Arsenal tentou pressionar alto desde início mas, depois de Ben White, ao segundo poste, cabecear por cima mas sem perigo, aos 4 minutos, o FC Porto conseguiu ter alguma bola.

Só aos 13 minutos a equipa inglesa criou perigo, quando Saka fugiu pela direita, Nico González tentou fazer a dobra a Wendell mas perdeu na velocidade para o extremo inglês, que rematou para uma defesa a dois tempos de Diogo Costa. Na sequência do canto, Odegaard, já dentro da área, testou a pontaria mas atirou ao lado. Aos 16', numa perda de bola de João Mário, Trossard cruzou mas Saka, de cabeça, não conseguiu direcionar o remate.

A(s) veze(s) de Evanilson

Conseguiu responder o FC Porto, também aos 16', com Evanilson, ainda de longe, a tentar o remate, que saiu perto do poste da baliza de Raya. Aos 22' foi novamente o avançado brasileiro do FC Porto, servido por João Mário, a rematar para bela intervenção de Raya, e com Wendell, na recarga, a acertar na barreira defensiva do Arsenal.

Aos 29 minutos, num cruzamento de Ben White, valeu Pepe, ao segundo poste, a cortar para canto, já com Havertz nas suas costas.

A pior altura para sofrer

Foi aos 41 minutos, numa transição ofensiva rápida, que o Arsenal colocou-se na frente do marcador e com a eliminatória empatada: grande passe de Odegaard para Trossard que, nas costas de João Mário, rematou rasteiro, batendo Diogo Costa para fazer o 1-0.

O FC Porto tentou reagir e, logo aos 43 minutos, Francisco Conceição rematou mas muito ao lado.

De bicicleta para a reação

Sem substituições em ambas as equipas, a segunda parte começou praticamente com o pontapé de bicicleta de Evanilson, aos 48 minutos, após cruzamento de Francisco Conceição, mas sem qualquer perigo para Raya.

Aos 63 minutos Galeno fugiu a Kiwior, foi derrubado pelo defesa do Arsenal à entrada da área mas Francisco Conceição, na transformação do livre, em zona privilegiada, bateu muito por cima da baliza.

O susto de Pepe e o tiro de Xico

Aos 68 minutos, num grande passe de Odegaard para Havertz, Pepe esperou por Diogo Costa, optou por aliviar e colocou a bola nos pés de Odegaard que, com facilidade, encostou para o 2-0, na altura em que o árbitro apitou, assinalando falta sobre o capitão do FC Porto.

Na resposta, aos 70 minutos, também em velocidade, lançado por Nico González, Francisco Conceição rematou forte, Raya conseguiu travar o empate e, na recarga, Evanilson estava já em posição irregular.

Forcing final dos gunners

Com a eliminatória empatada, aos 83 minutos, Mikel Arteta foi o primeiro a mexer, arriscando com Gabriel Jesus no lugar de Jorginho. E, da primeira vez que tocou na bola, o avançado brasileiro esteve pertíssimo do 2-0, valendo a mancha de Diogo Costa, a desviar com a perna a bola para canto.

No minuto seguinte, aos 85', foi Bukayo Saka a rematar, para Diogo Costa defender e, na recarga, Odegaard atirar muito torto.

Reagiu, a partir do banco, Sérgio Conceição, primeiro com Jorge Sánchez no lugar de João Mário, aos 86', e depois Taremi em vez de Evanilson, aos 88 minutos.

Já para lá dos três minutos de compensação, Alan Varela teve mesmo de sair de maca, com uma lesão muscular, obrigando Sérgio Conceição e efetuar a terceira substituição, já a pensar no prolongamento, com a entrada de Grujic aos 90+7'.

Mais energia para o tempo extra

O Arsenal começou o prolongamento como acabou os 90 minutos, ou seja, com mais bola, a pressionar no meio-campo do FC Porto e com Sérgio Conceição, percebendo a quebra física notória da equipa, a mexer em dose dupla aos 101 minutos, com Eustaquio e Gonçalo Borges nos lugares de Nico González e Francisco Conceição, segundos depois de Taremi, pela esquerda, tentar surpreender Raya, mas com o remate a sair desviado.

Respondeu Mikel Arteta, lançando para a segunda parte do prolongamento Zinchenko e Nketiah, tirando Kiwior e Trossard.

Aos 110', numa combinação com Nketiah, Saka ganhou espaço para o remate, valendo Otávio no corte, festejado pelo central brasileiro. Cinco minutos depois, Galeno, de fora da área, tentou criar perigo mas a bola saiu fácil para Raya.

Saiu a sorte grande na lotaria

A eliminatória resolveu-se mesmo nas grandes penalidades. Odegaard foi o primeiro e não tremeu, respondeu Pepê na mesma moeda. O segundo penálti foi de Havertz, batido com toda a calma do mundo, para o 2-1. Foi então a vez de Wendell, com o lateral-esquerdo, chamado à seleção do Brasil, a rematar ao poste, com a bola a bater ainda em Raya mas a não entrar.

Saka teve nos pés o 3-1 e bateu de forma perfeita, antes de Grujic ser chamado à responsabilidade, fazendo o 3-2, apesar de Raya ainda tocar. Rice também enganou Diogo Costa, rematando para o meio, com o guarda-redes do FC Porto a atirar-se para a esquerda. No match point, Galeno, também ele chamado à seleção do Brasil, "imitou" Wendell e permitiu a defesa de Raya.

Homem do jogo Flashscore: Trossard (Arsenal)