Análise: Como vai jogar a Roma de Ranieri?
Tudo está lentamente a alinhar-se na Roma, onde Claudio Ranieri, escolhido por Friedkin como o timoneiro dos Giallorossi até ao final da época, está sempre feliz por regressar. Um papel já desempenhado no passado pelo ex-treinador do Cagliari, que tentará curar o descontentamento de vários jogadores, tentando obter uma qualificação para a Liga dos Campeões.
O técnico romano, depois de ter voado para Londres (juntamente com o seu procurador) para se reunir com a direção do clube, aceitou os termos propostos e considerou oportuno regressar a uma praça quente e exigente, que está agora curiosa para conhecer os pormenores deste novo casamento com a Roma.
Um dos aspectos fundamentais a considerar quando se dá uma mudança de direção é certamente a mudança de sistema de jogo. Ranieri não tem uma verdadeira identidade tática, pois sempre utilizou módulos diferentes ao longo da sua carreira, alternando entre uma defesa de quatro e três centrais. No plantel dos Giallorossi há elementos muito úteis, como Cristante, Angeliño, El Shaarawy e Pellegrini, mas é muito provável que o novo treinador procure garantias, colocando cada jogador na sua posição adequada.
Obviamente, espera-se que Paulo Dybala retorne à força total, e ele vai apoiar o goleador Artem Dovbyk com a habitual liberdade para procurar e criar espaço. Resta saber se os dois pivôs ofensivos serão lançados num 4-3-2-1 (ou mesmo 4-2-3-1) ou num 3-4-2-1, a forma utilizada até agora por Ivan Juric.
A tarefa de Ranieri será tirar o melhor proveito de la Joya, que não é exatamente indispensável para o ex-treinador do Toro, com quem a faísca nunca brilhou. Encontrar Paulo pode certamente desempenhar um papel fundamental para o novo treinador dos Giallorossi, que deve contar, para o resto, com os titulares já empregados até este ponto da temporada.
Onze mais provável: (3-4-2-1): Svilar; Mancini, Ndicka, Angeliño; Celik, Cristante, Koné; El Shaarawy; Pellegrini, Dybala; Dovbyk.
Outras variações: (4-2-3-1): Svilar; Celik, Mancini, Ndicka, Angeliño; Cristante, Koné, Dybala, Pellegrini, El Shaarawy; Dovbyk ou (4-3-2-1): Svilar; Celik, Mancini, Ndicka, Angeliño; Cristante, Koné, Pellegrini; Dybala, Soulé; Dovbyk.
Como já foi explicado, a versatilidade dos vários jogadores pode levar Ranieri a modificar ligeiramente a configuração, passando para uma defesa de 4 homens para baixar Pellegrini para um meio-campo de 3 homens; uma modificação que serviria para lançar Dybala e Soulé atrás de Dovbyk. Na linha de três, como se viu até agora, também não faltam alternativas, com Baldanzi e possivelmente até El Shaarawy prontos para disputar lugares com os dois argentinos.
Por fim, resta saber até que ponto Pisilli, a grande revelação deste ano, e Hummels, pouco utilizado por Juric, serão utilizados.