Receita para bater Trubin estava na cabeça de Musiala: Bayern derrota Benfica em Munique
Recorde as incidências da partida
Ciente da responsabilidade e exigência do desafio em Munique, Bruno Lage promoveu uma alteração profunda à sua estrutura, juntando António Silva à dupla Otamendi-Tomás Araújo no eixo defensivo e deixando o ataque órfão de uma referência mais fixa, com Akturkoglu e Amdouni como dupla mais adiantada. Mas pouco adiantada e já iremos explicar esse "pouco".
Esta mudança tática passou uma imagem clara ao adversário: estamos prontos para o modo defensivo. E assim foi na maioria do encontro.
Trubin segura
Os encarnados tiveram muito pouca bola nos primeiros quinze minutos - Bayern chegou a ter 80% de posse - e sofreram alguns sobressaltos em lances de bola parada durante esse período, ainda que sem relativo perigo para o guarda-redes Trubin. No entanto, o internacional ucraniano viria a ser a figura de maior destaque da primeira parte.
Pese esse claro domínio territorial, que empurrou a equipa encarnada ao seu meio-campo, a verdade é que o conjunto de Munique precisou de 30 minutos para conseguir fazer o primeiro remate, com Laimer a atirar ao lado da baliza das águias. Mas esse momento foi como um clique para os homens de Kompany.
Aos 32', Harry Kane atirou à figura de Trubin e, um minuto volvido, um desposicionamento da turma de Bruno Lage deu origem a mais um remate de Kane, para nova defesa de Trubin. O guardião do Benfica voltou a brilhar, aos 38', com uma defesa dupla a remates de Kane e Gnabry, após um erro de António Silva na primeira fase de consrução.
Por fim, o intervalo chegou e o Benfica (e Trubin) podia descansar um bocadinho da forte insistência dos bávaros.
Mudanças, Trubin e... Musiala
Zero remates à baliza de Neuer. Este registo diz muito do que foi a primeira parte do Benfica em Munique. Bruno Lage percebeu que era preciso mudar alguma coisa para juntar um pouquinho de ousadia ao enorme rigor defensivo e arriscou duas fichas no recomeço do encontro: Beste e Pavlidis para as saídas de Amdouni e Kaboré. E mais uma antes da hora de jogo: Di María para o lugar de Akturkoglu.
As peças eram outras, mas a dinâmica manteve-se inalterada. O Bayern não tirou o pé do acelerador e só não chegou mais cedo ao golo da vantagem por culpa de Trubin, que foi defendendo tudo enquanto podia. Olise (49') e Sané (59' e 64') bem tentaram, mas o ucraniano parecia imbatível. Mas não foi, para infelicidade dos encarnados.
Aos 68', depois de vários lances de insistência, uma jogada a três tons resultou no 1-0. Cruzamento de Sané, cabeceamento de Kane para o coração da área benfiquista e Musiala, sozinho, a desviar de cabeça para o golo. Simples.
Com pouco mais de 20 minutos para jogar até ao apito final, o Benfica não teve capacidade para contrariar o domínio do Bayern e nem sequer incomodou Manuel Neuer, um autêntico espectador esta noite na Allianz Arena.
Melhor em campo Flashscore: Jamal Musiala (Bayern Munique)