Artur Jorge. “Não podemos relaxar no que quer que seja”
“Em relação ao adversário vai ser muito semelhante ao que tivemos cá, sobretudo na segunda parte. Uma equipa mais balanceada para a frente, porque precisa de reverter o resultado que nos é favorável (3-0). Nós conseguimos esse resultado com muito mérito da equipa e do compromisso que os jogadores meteram em jogo. É exatamente isso que vai determinar o sucesso desta partida. Temos de ter uma abordagem séria, nunca desligar do resultado, ser ambiciosos, querer ganhar o jogo para garantir a passagem. Não podemos relaxar no que quer que seja. Temos de criar esta exigência de que todos os jogos são importantes, único e temos de entrar para ganhar”, explicou Artur Jorge.
Com uma vantagem confortável depois da vitória na primeira mão e com o duelo com o Chaves a ganhar preponderância após a derrota com o Famalicão, o treinador do SC Braga recusou a ideia de fazer gestão no encontro na Sérvia.
“O jogo importante que temos é amanhã (terça-feira), que vai exigir muito de nós. Não existe nenhuma gestão. Temos um plantel muito rico, com várias soluções com jogadores a ocuparem a mesma posição com valor semelhante e amanhã vamos apresentar a melhor equipa para jogar”, explicou, deixando já antever um titular: “Não gosto falar das opções, mas posso dizer que o José Fonte vai jogar seguramente e o que nós queremos é jogadores que possam estar preparados para dar resposta independentemente das opções do treinador. Essa é a chave do sucesso de uma equipa”.
Ainda sobre a derrota com o Famalicão, na jornada inaugural da Liga, Artur Jorge assumiu as dificuldades físicas de um arranque de época exigente.
“Eu gosto de olhar de uma forma generalista. Nesta altura temos de perceber o porquê de não ganhar e temos de sentir a dor. Quem joga no SC Braga tem de ficar insatisfeito e desiludido por não ganhar. A exigência deste clube faz com que assim seja. Fisicamente quebrámos de alguma forma e isso tirou-nos discernimento. Mas agora é colocar um ponto final nesse desafio e olhar em frente”, atirou, falando do planeamento: “Este mês é para nós muito difícil e digo porque estamos a entrar numa nova temporada, com 50 dias de trabalho e pouco tempo temos para treinar o que queríamos, faltam semanas limpas. O facto de termos jogos de três em três dias faz com que haja pouco tempo ode treino qualitativo. É esta a realidade que temos e que preparámos no pré-competição para dar resposta em cada um dos jogos e em cada uma das competições”.
“O sonho ninguém pode matar”
Ao lado de Artur Jorge estava José Fonte. Contratado esta temporada, o internacional português de 36 anos reiterou o compromisso com a equipa neste regresso a Portugal.
“A mim compete-me estar preparado para tudo e aceitar as decisões do treinador. É o que tenho feito sempre ao longo da carreira. Se for chamado amanhã estou preparado e é isso que tento fazer, dar o contributo ao grupo, jogando ou não”, atirou, falando das primeiras sensações na Liga: “Acima de tudo estou muito feliz na forma como tenho sido recebido e tratado por todos. Já não me lembrava do quão bom é o nosso país, são 16 anos fora. Estou extremamente feliz de estar em Portugal e aqui em Braga. Apercebi-me da grandeza do clube com todas estas condições que temos à disposição. Não há desculpas e o SC Braga está entre os maiores de Portugal e agora é trabalho, para atingir os objetivos”.
E o título de campeão está na mira do ex-Lille.
“O sonho é ser campeão. Vamos trabalhar muito para isso e sei das dificuldades que vamos enfrentar. Agora não fujo à ambição que tenho. O sonho é conseguir algo histórico, vamos trabalhar muito para que estejamos perto disso e que o consigamos. Sempre conscientes da dificuldade e das outras equipas que também tem ambições são muito fortes, mas o sonho ninguém pode matar”, concluiu.