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De Lunin a Joselu: os heróis inesperados da campanha europeia do Real Madrid

AFP
Lunin defendeu o penálti de Bernardo Silva
Lunin defendeu o penálti de Bernardo SilvaAFP
Embora estrelas como Vinicius também tenham desempenhado um papel fundamental, o Real Madrid deve a sua vaga na final da Liga dos Campeões contra o Borussia Dortmund, no sábado, em Londres, a um punhado de heróis inesperados: Andriy Lunin, Joselu e Antonio Rüdiger, entre outros.

Lunin, de estreante a talismã

O seu percurso tem sido uma das surpresas da época. Depois de vários empréstimos, o ucraniano Andriy Lunin passou de quase descartado a titular, como medida de emergência devido à grave lesão sofrida por Thibaut Courtois.

Lunin, que ultrapassou Kepa na titularidade, foi decisivo quando a sua equipa mais precisou dele, com nove defesas importantes na primeira mão dos oitavos de final em Leipzig (vitória madridista por 1-0) ou com oito defesas e dois penáltis defendidos para ajudar o Real Madrid a qualificar-se na segunda mão dos quartos de final contra o Manchester City (4-3 nos penáltis após um empate 1-1).

Também desempenhou um papel importante na meia-final contra o Bayern de Munique, especialmente na vitória por 2-1 na segunda mão no Bernabéu.

Courtois voltou a aparecer no início de maio, o que colocou Ancelotti perante o dilema de qual o guarda-redes a escolher para a final de sábado em Wembley. E parece que vai ficar sem o prémio de jogar em Wembley.

"Ambos merecem jogar a final", disse Ancelotti numa conferência de imprensa na segunda-feira, cinco dias antes da final. "Vou tomar a decisão esta semana", explicou.

Joselu, um bis mágico

Sem Joselu, o Real Madrid não estaria na final da Liga dos Campeões.

O veterano jogador, emprestado pelo Espanhol, nunca tinha estado num grande clube e marcou dois golos decisivos na reviravolta das meias-finais contra o Bayern de Munique, com golos aos 88 e 90+1 minutos para vencer o Bayern de Munique por 2-1 e passar da virtual eliminação em Wembley.

Na anterior final da Liga dos Campeões disputada e ganha pelo Real Madrid, a final de 2022, Joselu era adepto - e cunhado de Dani Carvajal - em Paris, assistindo então das bancadas à vitória por 1-0 sobre o Liverpool no Stade de France.

"Isto é ainda mais bonito do que nos meus sonhos", admitiu, após o jogo, o homem que tem servido de trunfo ofensivo para colmatar a saída de Karim Benzema para a Arábia Saudita.

O jogador tem cinco golos marcados nesta Liga dos Campeões.

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Rüdiger, o cabeça fria

A sua robustez nos duelos ou o seu caráter forte eram bem conhecidos, mas o central alemão Antonio Rüdiger entrou noutra dimensão ao confirmar o seu papel de porta-estandarte da defesa dos Merengues com uma prestação XXL.

Contra o Manchester City, controlou Erling Haaland e marcou o penálti decisivo no desempate. Contra o Bayern, nas meias-finais, segurou o inglês Harry Kane e fez a assistência para o golo de Joselu que selou a reviravolta nos descontos.

Com um desempenho surpreendentemente consistente, o ex-jogador do Chelsea também foi fundamental para a reconquista da LaLiga pelo Real Madrid.

Brahim, Nacho, Lucas Vázquez: a resistência

Brahim Díaz marcou o golo que deu a vitória ao Real Madrid na Alemanha, frente ao Leipzig, na primeira mão dos oitavos de final. O empate a um golo na segunda mão foi decisivo para o resultado final.

O internacional marroquino, de 24 anos, mostrou o seu talento como suplente de luxo ao longo da época, trazendo a sua capacidade de fazer a diferença em momentos importantes, como contra o Bayern. Foi ele que preparou parcialmente o canto que deu origem ao segundo golo de Joselu contra o Bayern Munique.

O capitão Nacho (34 anos) foi especialmente importante nos quartos de final. Também converteu o seu penálti no desempate após 120 minutos de trabalho árduo.

Lucas Vázquez também esteve presente nessa noite memorável em Manchester, substituindo Vinicius no prolongamento depois de o brasileiro ter sofrido cãibras.

Enquanto o título do Real Madrid em 2022 foi marcado por reviravoltas, um eventual "Décimo Quinto" no sábado seria o momento de coroação para os homens que trabalham nas sombras e para os quais os holofotes das grandes noites europeias desta época foram direcionados.

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