Diretor do Shakhtar critica a FIFA pela atitude em relação à Ucrânia: "É uma vergonha"
"A pior coisa aconteceu depois do início da guerra, quando a FIFA simplesmente permitiu que os nossos jogadores saíssem de graça. Isso custou-nos muitos milhões de euros. Os jogadores estrangeiros assinaram contratos com outros clubes, que os venderam um pouco mais tarde. É injusto, porque esses clubes não os ajudaram a desenvolver-se e, para além disso, receberam muito dinheiro. E a FIFA apoiava isso", afirmou Palkin numa entrevista ao portal alemão t-online.
O responsável, de 49 anos, mostrou-se indignado com o facto de não ter sido dada aos clubes ucranianos a oportunidade de falarem sobre possíveis soluções para o problema: "Tentámos contactar a FIFA várias vezes, mas todas as portas nos foram fechadas".
A FIFA permitiu que jogadores e treinadores estrangeiros deixassem os clubes ucranianos e russos gratuitamente após o início da invasão, a 24 de fevereiro de 2022. Recentemente, prorrogou esse regulamento até junho de 2025.
"Não houve nenhum telefonema da FIFA para nos garantir o seu apoio. Não lhes pediria milhões de dólares de indemnização porque compreendo que não seria fácil. Mas este comportamento é vergonhoso", acrescentou Palkin, diretor do Shakhtar, que joga todos os seus jogos em casa fora da Ucrânia.
O clube de Donetsk vai começar a Liga dos Campeões desta época no estádio Veltins-Arena, em Gelsenkirchen.
A FIFA não respondeu ao pedido de comentário da DPA.