FC Porto repete paragens de 2022/23 na Champions, em grupo encimado pelo FC Barcelona
Uma temporada depois de terem ficado na frente de uma ‘poule’ com Atlético de Madrid, Bayer Leverkusen e Club Brugge, acedendo aos oitavos de final, os ‘dragões’ integraram hoje o pote 2 do sorteio realizado no Mónaco e calharam com três campeões nacionais.
O FC Barcelona é o principal obstáculo do FC Porto na luta pela qualificação para a fase seguinte, objetivo destinado aos dois primeiros classificados de cada grupo, mas que os ‘blaugrana’ falharam nas duas edições anteriores - com ‘responsabilidades’ para o Benfica em 2021/22.
Vencedor da Liga dos Campeões por cinco vezes (1991/92, 2005/06, 2008/09, 2010/11 e 2014/15), o clube catalão voltou a conquistar o campeonato espanhol na época passada, finalizando um ‘jejum’ de quatro anos, com 10 pontos de vantagem sobre o Real Madrid.
O guarda-redes Marc-André ter Stegen, os defesas Jules Koundé, Andreas Christensen, Ronald Araújo ou Alejandro Balde, os médios Frenkie de Jong, Gavi e Pedri, o extremo Raphinha, que já representou Vitória de Guimarães e Sporting, ou o avançado goleador Robert Lewandowski levaram os ‘blaugrana’ ao seu 27.º título de campeão de Espanha.
Jordi Alba e Sergio Busquets também eram elementos nucleares do FC Barcelona, mas estavam em fim de ciclo e chegaram no verão aos norte-americanos do Inter Miami, que também receberam o ‘astro’ argentino Lionel Messi, ídolo dos ‘culés’ entre 2004 e 2021.
Ousmane Dembélé (Paris Saint-Germain) e Franck Kessié (Al-Ahli) foram outras saídas observadas pelo conjunto comandado por Xavi Hernández, antiga glória ‘blaugrana’ nos relvados, que viu ainda o médio Nico González a deixar o clube no qual concluiu a sua formação e subiu a profissional para rumar ao FC Porto, por 8,4 milhões de euros (ME).
Ilkay Gündogan, campeão europeu pelo Manchester City em 2022/23, Oriol Romeu (ex-Girona) e Iñigo Martínez (ex-Athletic Bilbau) reforçaram o atual quarto colocado da Liga espanhola, com sete pontos, em três rondas, que tem jogado na condição de visitado no Estádio Olímpico Lluís Companys, devido às obras de renovação do mítico Camp Nou.
O FC Barcelona já defrontou o FC Porto por oito vezes nas provas europeias - cinco das quais na Liga dos Campeões, com quatro êxitos e uma derrota -, mas já não se cruzava com os ‘dragões’ desde 2011, quando celebrou a Supertaça Europeia (2-0), no Mónaco.
Shakhtar Donetsk, que tem perdido fulgor no último ano e meio com os impactos sociais, desportivos e financeiros acarretados pela invasão da Rússia à Ucrânia, e Antuérpia, estreante na ‘era’ Champions, devem simplificar a tarefa dos vice-campeões nacionais.
Impedidos de disputar jogos de competições da UEFA no seu próprio país, os ‘mineiros’ estabeleceram-se em 2022/23 em Varsóvia, capital da Polónia, e mudam-se esta época para Hamburgo, no norte da Alemanha, sendo o único clube ucraniano na ‘Champions’.
O Shakhtar Donetsk sagrou-se campeão ucraniano pela 14.ª vez desde a independência do país, mas substituiu o croata Igor Jovicevic pelo neerlandês Patrick van Leeuwen no comando técnico, liderando a edição 2023/24 da prova após cinco jogos, com 11 pontos.
O plantel preserva algumas figuras da seleção ucraniana, tais como Mykola Matvienko, Georgiy Sudakov e Taras Stepanenko, para além da promessa Artem Bondarenko, tendo visto o guarda-redes Anatoliy Trubin assinar este mês pelo campeão português Benfica.
O Shakhtar Donetsk já ficou no mesmo grupo do FC Porto nas edições de 2011/12 e de 2014/15, quando tinha um forte ‘cunho’ sul-americano nas suas opções, somando duas derrotas e dois empates, enquanto o Antuérpia defrontará os ‘dragões’ de forma inédita.
Promovidos ao escalão principal da Bélgica em 2016/17, os ‘vermelhos’ passaram a ser treinados pelo ex-internacional neerlandês Mark van Bommel em 2022/23 e desafiaram a lógica, ao vencerem o campeonato 66 anos depois e lograrem uma inédita ‘dobradinha’.
Toby Alderweireld, autor do golo que ‘carimbou’ esse quinto título nos instantes finais da última ronda, Jean Butez, Ritchie De Laet e Vincent Janssen são ‘esteios’ do atual sétimo classificado da Liga, com sete pontos, em sete rondas, que iniciou a época a arrebatar a Supertaça belga frente ao Mechelen e eliminou o campeão grego AEK Atenas no play-off de acesso à maior prova de clubes europeus, na qual esteve pela única vez em 1957/58, então ainda denominada Taça dos Campeões Europeus.