O Barcelona tornou-se a força dominante do futebol feminino europeu nas últimas épocas, participando em quatro das últimas cinco finais da Liga dos Campeões. Venceu duas delas, incluindo a da temporada passada, quando ultrapassou uma desvantagem de dois golos para vencer o Wolfsburgo (3-2) em Eindhoven.
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Desde então, várias craques do Barça se tornaram campeãs mundiais: seis jogadoras do clube foram titulares na vitória da Espanha sobre a Inglaterra em Sydney, em agosto, enquanto Alexia Putellas saiu do banco.
Aitana Bonmati, a melhor jogadora da Liga dos Campeões da época passada, foi também eleita a melhor jogadora do Campeonato do Mundo, antes de suceder a Putellas como vencedora da Bola de Ouro.
"É difícil fazer melhor que isto. Sinceramente, foi um ano único", disse Bonmati ao receber este último prémio. A sua companheira de equipa no Barcelona e em Espanha, Salma Paralluelo, ficou em terceiro lugar no ranking, enquanto a sueca Fridolina Rolfo, também do Barça, ficou em quarto.
Dado o historial recente e a qualidade do plantel, seria uma surpresa se a equipa de Jonatan Giraldez não chegasse à final desta época em Bilbau, no próximo mês de maio.
O Barcelona está no Grupo A, que conta com o campeão sueco Rosengard, o campeão português Benfica e o alemão Eintracht Frankfurt. A campanha arranca com a receção às portuguesas.
Lyon quer recuperar o título
O Lyon, por sua vez, quer recuperar o título que conquistou seis vezes em sete anos até à temporada passada.
O eterno campeão francês foi eliminado nos quartos de final com o Chelsea e, desde então, houve mudanças no clube. O Lyon foi comprado pelo empresário americano Michele Kang, o que significa que agora é uma entidade separada do clube masculino, detido por John Textor.
A equipa continua a contar com um plantel de peso que deverá permitir-lhe competir pelo título, com a guarda-redes chilena Christiane Endler, a defesa-central francesa Wendie Renard, a médio norte-americana Lindsey Horan e a antiga vencedora da Bola de Ouro Ada Hegerberg na frente.
A treinadora Sonia Bompastor também recebeu a atacante francesa Kadidiatou Diani, vinda do Paris Saint-Germain, durante do verão.
"Lamentamos o que aconteceu na época passada. Houve muita frustração e deceção ao perdermos nos quartos de final", admitiu recentemente Sónia Bompastor: "Queremos dar a nós próprias a oportunidade de chegar à final e ganhá-la. Temos qualidade para isso".
O Lyon deve liderar um grupo que inclui o Slavia Praga da República Checa, o austríaco St Polten e o norueguês Brann.
Chelsea, o líder da Inglaterra
O Chelsea, por sua vez, teve um sorteio mais difícil no Grupo D com o Real Madrid, o Häcken da Suécia e o Paris FC, que eliminou o Arsenal e o finalista vencido Wolfsburgo nas eliminatórias.
Como o Manchester United também perdeu na fase de qualificação, o Chelsea é o único clube inglês, onde tentará melhorar o resultado de 2021, quando perdeu a final para o Barcelona.
A veterana treinadora Emma Hayes anunciou recentemente que vai deixar o clube no final da época, pelo que está determinada a despedir-se em grande estilo. "Levei esta equipa ao topo e sempre disse que queria sair em alta", afirmou Hayes esta semana.
O plantel do Chelsea é formidável, liderado pela australiana Sam Kerr, vice-campeã da Bola de Ouro.
A capitã inglesa Millie Bright e a extremo Lauren James, estrela do Campeonato do Mundo, também fazem parte do plantel, enquanto a norte-americana Catarina Macário e a canadiana Ashley Lawrence chegam para reforçar uma equipa que perdeu para o Barcelona nas meias-finais da época passada.
O Real Madrid, com Olga Carmona, a heroína espanhola do Campeonato do Mundo, e Linda Caicedo, a sensação colombiana, também espera causar uma grande impressão desta vez. O restante grupo parece ser o mais competitivo, com o campeão alemão Bayern de Munique, o PSG, o Ajax e a Roma juntos no Grupo C.
Esta é a terceira temporada desde que se abandonou o formato de eliminatórias diretas e se introduziu uma fase de grupos com 16 equipas.
Após as eliminações do Wolfsburgo, do Arsenal e do United na fase de qualificação, é possível que, em breve, haja um clamor crescente para que a fase de grupos seja alargada.
Embora o futebol feminino continue a crescer em popularidade, os prémios monetários oferecidos pela UEFA continuam a ser minúsculos em comparação com a versão masculina. Um total de 24 milhões de euros será distribuído entre os clubes, com os vencedores a ganharem cerca de 1,5 milhões de euros.