Liga dos Campeões: Atlético Madrid desilude frente ao Lille (1-3), Barcelona goleia Bayern (4-1)
Atlético 1-3 Lille
Mais uma noite cinzenta do conjunto colchonero na prova milionária. Depois do choque no Estádio da Luz, frente ao Benfica (4-0), o Atlético não conseguiu levar a melhor sobre um frágil Lille, que apresentou-se no Metropolitano com sete baixas por lesão (!) e várias poupanças, a pensar no próximo compromisso do campeonato gaulês.
A turma liderada por Diego Simeone até entrou bem no encontro e podia ter mesmo chegado à vantagem logo aos dois minutos, mas a nuvem pairou sobre a cabeça de Sorloth e não lhe deu o discernimento necessário para finalizar de forma certeira na cara de Chevalier.
O aviso estava dado e a pressão alta do Atlético fez tremer as pernas ao jovem Ousmane Touré, que fez um passe completamente disparatado para... Julian Álvarez. O avançado argentino agradeceu a generosa oferta e abriu o marcador para gáudio dos milhares de adeptos presentes na bancada. Mas foi sol de pouca dura.
Sorloth ainda desperdiçou uma belíssima oportunidade para o 2-0, aos 21 minutos, e depois o eclipse assolou a capital espanhola.
No segundo tempo, o Atlético desapareceu e o Lille percebeu que tinha uma oportunidade para fazer uma gracinha. Edon Zhegrova e Jonathan David foram lançados por Bruno Génésio e a lotaria saiu aos gauleses.
Zhegrova restabeleceu a igualdade pouco depois da hora de jogo, numa jogada com cabeça, tronco e membros, que terminou com um remate fantástico de pé esquerdo.
Aos 72 minutos, Koke cometeu grande penalidade sobre Benjamin André e, encarregue da marcação, Jonathan David consumou a reviravolta.
Os colchoneros ainda deram uma ligeira resposta, mas Chevalier guardou a baliza a sete chaves e deu o sinal a Jonathan David para este fechar as contas, aos 89'. 1-3 e nada a dizer.
Barcelona 4-1 Bayern de Munique
Se alguém ainda tinha dúvidas sobre este novo Barcelona, não olhe apenas para o resultado. Nem no resumo das melhores jogadas. Porque assim não terá todos os argumentos na mão para dizer que, hoje, os culés estão a uma distância sideral do Bayern, que ridicularizaram de todas as formas possíveis. E chegam ao Super Clásico na melhor forma da era pós-Messi.
Ele não é certamente o 10 argentino, nem pretende ser. Mas este Raphinha que veste a 11 e enverga a braçadeira de capitão está a um nível fantástico. Não importa se joga na esquerda ou no centro, no topo ou no meio-campo. Com a confiança que Flick lhe deu, tornou-se a alma culé. Imparável. Basta perguntar aos bávaros. Nem um minuto havia passado quando ele se levantou na frente de Neuer para driblá-lo e marcar um golo.
Sabe-se lá porquê, desde esse golo, a equipa de Flick recuou, deu a bola ao Bayern, o que é um pecado capital. Porque eles têm um certo Harry Kane que transforma em golo quase tudo o que remata. Tal como Lewandowski, vá lá. Infelizmente para o inglês, a cabeçada que deu no segundo golo foi anulada por fora de jogo. Não se importou, nem sequer protestou. Ao fim de um quarto de hora, já estava a festejar o empate 1-1.
Como quem deixa o seu brinquedo preferido a um conhecido, depois do golo do empate o Barça recuperou o que era seu. E começou a jogar com a bola que tem surpreendido tudo e todos neste início de época. Com Fermín entre as linhas como assistente, com Pedri e Casadó na casa das máquinas, com Yamal a pôr a nu as fragilidades defensivas de Davies, e com Raphinha e Lewandowski a finalizar, a máquina espanhola varreu a equipa de Kompany.
À passagem da meia-hora, Lewandowski aproveitou uma jogada fenomenal de Fermin para fazer o 2-1. Uma coisa é estar a jogar bem e outra é ser como o polaco.
E o que dizer de Raphinha? Recebeu uma bola no flanco esquerdo, na zona dos três quartos, ficou de frente para o seu companheiro, fintou e rematou com o pé direito, o seu menos bom, para tornar inútil a defesa de Neuer. 3-1 e descansar um pouco.
Longe de baixar a cabeça, o orgulho de Munique foi restaurado após o reinício do jogo. Tudo poderia ter mudado se João Palhinha tivesse acertado o seu remate dentro da área. Mas ele não acertou. Cinco minutos mais tarde, Raphinha festejava o seu "hat-trick" com o público de Montjuic. De novo em corrida, de novo imparável. 4-1 e uma ovação garantida para quando Flick decidisse que era altura de pensar no El Clasico.
Young Boys 0-1 Inter
Depois de uma primeira parte monótona, o Inter começou melhor no segundo tempo, quando ganhou um pénalti por falta de Hadjam sobre Denzel Dumfries. Ainda assim, Marko Arnautovic não conseguiu bater o guarda-redes do Young Boys.
Pouco antes da hora marcada, uma grande oportunidade para os anfitriões, com um remate de pé direito de Joel Monteiro da entrada da área, que acertou no poste quando Sommer estava batido.
O Inter tentou a sua sorte com um remate de Mehdi Taremi e outro de Piotr Zielinski, que se juntou a mais um de Lautaro Martinez, mas o nulo teimava em prevalecer.
A noite parecia condenada ao 0-0, mas no terceiro dos quatro minutos de descontos, Marcus Thuram rematou de forma pouco ortodoxa para 0-1.