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Liga dos Campeões: Bayern de Munique enfrenta Lazio para tentar salvar reputação de Tuchel

AFP
Tuchel vai deixar o Bayern no verão
Tuchel vai deixar o Bayern no verãoAFP
O Bayern de Munique defronta a Lazio na Liga dos Campeões, na terça-feira, em casa, e oferece ao treinador Thomas Tuchel (50 anos) uma oportunidade de salvar a sua reputação, numa altura em que está a preparar a sua saída do clube.

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A Lazio, que teve três jogadores expulsos na derrota de sexta-feira frente ao Milan, também está sob pressão, mas leva para a Allianz Arena uma vantagem de 1- 0 para os oitavos de final da Liga dos Campeões.

Contratado a dois terços da temporada passada, após o Bayern ter demitido Julian Nagelsmann, Tuchel está de saída, depois de ter tido dificuldades para manter o Bayern no caminho do título da Bundesliga, com o Leverkusen confortavelmente na pole position.

Com duas eliminações precoces na Taça da Alemanha e a eliminação na última temporada diante do Manchester City, o único troféu conquistado por Tuchel foi o da Bundesliga do ano passado, conquistado apenas na diferença de golos para o Borussia Dortmund.

Nagelsmann perdeu apenas 10 dos 84 jogos no comando do Bayern. Com praticamente o mesmo plantel, mais o capitão inglês Harry Kane e o defesa sul-coreano Kim Min-jae, Tuchel já perdeu 11 dos seus 45 jogos.

O clima é de suspense

O empate 2-2 com o Friburgo na sexta-feira e a vitória do Leverkusen por 2-0 sobre o Colónia no domingo significam que o Bayern está 10 pontos atrás, faltando 10 jogos para o fim da Bundesliga.

Apesar de a equipa de Tuchel ter vencido apenas um dos seus últimos cinco jogos, a direção do Bayern garantiu que o treinador vai continuar até ao final da época.

A imprensa alemã afirma, no entanto, que a única coisa que mantém Tuchel no cargo é a falta de uma alternativa razoável.

Todos os treinadores adjuntos do Bayern chegaram com Tuchel. O clube está relutante em nomear um técnico permanente, com a mira firmemente voltada para a contratação de Xabi Alonso, do Leverkusen, no verão.

Após o jogo de sexta-feira, Tuchel afirmou que não faltou "vontade" à sua equipa, mas sim "disciplina": "Jogámos completamente sem estrutura", disse, criticando ainda a "linguagem corporal" da sua equipa.

"Fizemos coisas que nunca treinámos, de que nunca falámos. Desde o início, jogámos como se fosse o minuto 85 e estivéssemos a perder por um golo".

A inconsistência não é um tema novo no Bayern, com o clube a apoiar-se fortemente nos 27 golos de Kane na Bundesliga para os salvar.

O veterano do Bayern, Thomas Muller, duas vezes vencedor da Liga dos Campeões, disse no domingo: "A emoção é palpável para todos, quer sejam adeptos ou jogadores. Há um burburinho no ar".

Tuchel, por outro lado, parecia não saber o que esperar da visita da Lazio.

"Os altos e baixos já nos acompanham há muito tempo", afirmou.

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Pressão interna

Depois da decisão de se separarem no final de fevereiro, Tuchel disse que tanto ele como o clube podiam seguir em frente com "clareza".

O treinador também considerou que poderia ser mais "implacável" na tomada de decisões, talvez exemplificando melhor com a mudança de Joshua Kimmich para a sua posição preferida, a lateral direita.

Outro problema para Tuchel é a profundidade. Dayot Upamecano, que viu o vermelho ao cometer o penálti decisivo em Roma, não vai estar disponível para a partida.

Kingsley Coman, Serge Gnabry, Sacha Boey e Noussair Mazraoui também devem ficar de fora, enquanto Leroy Sané está sob suspeita de lesão, depois de não ter sido utilizado contra o Friburgo.

Tuchel admitiu que a situação é "estranha", mas negou que esteja sob pressão para provar algo ao clube nos seus últimos meses.

"A pressão vem de dentro de mim mesmo. Eu coloco a maior pressão sobre mim próprio e gosto de viver com essa pressão, o que é um privilégio porque se está a trabalhar ao mais alto nível. É isso que espero de mim próprio - aguentar essa pressão", terminou.