Estreado em 1963, renomeado em 2014 para homenagear a lenda Rajko Mitic, mas com um apelido que faz lembrar um dos palcos mais míticos do futebol mundial. O Marakana de Belgrado vai ser palco da estreia do Benfica nesta fase principal da Liga dos Campeões, esta quinta-feira.
Com capacidade para 53 mil adeptos atualmente (já teve 116 mil, num jogo em 1975) é o maior estádio da Sérvia e também casa da seleção nos jogos como anfitriã. E destaca-se sobretudo pela curva norte onde estão sentados os Delije Sever, um dos grupos de adeptos mais vocais e temidos da Europa e que ajudam a criar um dos ambientes mais impressionantes do velho continente.
Palco de uma final europeia (O Ajax venceu a Juventus em 1973), e da famosa final do Euro-1976 (em que Panenka garantiu a vitória à Checolosváquia nos penáltis), o Marakana é uma verdadeira fortaleza para o Estrela Vermelha. É preciso recuar até 18 de abril de 2017 para encontrar a última derrota caseira no campeonato, diante do eterno rival, o Partizan. Desde então já passaram 136 jogos, um registo histórico.
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E embora a nível europeu a conversa seja diferente, o que é certo é que nenhum clube português conseguiu vencer no Marakana. Em três visitas lusas, o Estrela Vermelha conseguiu duas vitórias e empatou numa ocasião. O Benfica perdeu por 3-2, na primeira ronda da Taça dos Campeões Europeus de 1984/85 (deu a volta por 2-0 na Luz), enquanto que o SC Braga empatou na primeira ronda da Taça UEFA 2005/06 (0-0, e empatou 1-1 na Pedreira) e perdeu na fase de Grupos da Liga Europa 2021/22 (2-1).
O desafio do Benfica é agora ser o primeiro clube português a vencer no famoso Marakana. E para isso pode inspirar-se na Seleção Nacional que já o conseguiu por duas vezes (2015 e 2019), ambas em qualificações para os Europeus.
