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Já se foram os anos de Lionel Messi, Neymar, Sergio Ramos e Kylian Mbappé. O segundo projeto de Luis Enrique no Paris Saint-Germain é esquecer o brilho e confiar nos princípios do treinador espanhol.
Num plantel sólido e equilibrado, mais unido do que no passado, o novo líder é Ousmane Dembélé, com licença para marcar, depois de um primeiro ano em que foi excelente no jogo, mas faltou-lhe talento, marcando apenas sete golos.
"Sou demasiado generoso, dizem-me que tenho de provar o meu valor. Esta época vou tentar ser mais individualista", disse há uma semana, depois de ter marcado pela França (vitória por 2-0 sobre a Bélgica).
Dembélé, confiança e golos
O passo em frente é evidente e, no sábado, repetiu a proeza com dois golos na vitória por 3-1 sobre o Brest.
"Sou um fã de Dembélé. Se eu fosse adepto, pagava para o ver. Não se sabe se ele é destro ou canhoto, porque é que não marca mais golos? Não nos preocupamos em saber se ele vai marcar ou não", disse Luis Enrique sobre a nova versão do internacional francês.
O PSG não contará com Gianluigi Donnarumma, que sofreu uma lesão na coxa direita contra o Brest.
O russo Matvei Safonov, contratado ao Krasnodar com polémica sobre a sua nacionalidade, poderá fazer a sua estreia. A outra opção é Arnau Tenas, suplente na época passada e campeão olímpico com a Espanha no mesmo Parque dos Príncipes no mês passado.
Os semifinalistas da Liga dos Campeões da última temporada - o único troféu que falta na sua sala de troféus - têm quatro vitórias em quatro jogos da Ligue 1 antes de iniciarem a sua campanha europeia com um novo formato: um único grupo de 36 equipas, oito jogos e passagem direta aos oitavos de final para os oito primeiros.
Recebe a visita do Girona, a surpresa do futebol espanhol com um jogo e resultados atractivos. O Girona fará a sua estreia na Europa em grande estilo.
"Sonhamos com o Hino"
"Sonhamos com o Hino da Liga dos Campeões", disse Míchel. "O Parc des Princes é um sonho para nós. Vamos com todo o nosso entusiasmo e motivação, para competir da melhor forma. Ganhámos o direito de o desfrutar", acrescentou.
Numa época difícil após a melhor temporada da sua história, a equipa catalã ocupa o oitavo lugar da Liga - duas vitórias, um empate e duas derrotas - mas vem de uma derrota em casa por 4-1 frente a um Barcelona que tem estado imparável nas primeiras fases da competição.
Míchel Sánchez perdeu jogadores importantes como Savinho para o Manchester City, Artem Dovbyk para a Roma e Aleix Garcia para o Bayer Leverkusen.
"Há um pouco de luta contra a época passada, todos têm essa memória. Para nós é claro que não é assim. É lógico que as pessoas ainda se lembram, mas aqueles de nós que estão no futebol há muito tempo sabem que todas as épocas começam do zero, quer tenham a mesma equipa ou não", disse o treinador no sábado.