Liga dos Campeões: Real Madrid com reviravolta épica contra o Dortmund (5-2), Arsenal bate Shakhtar (1-0)
Real Madrid 5-2 Borussia Dortmund
O facto é que o Real Madrid nunca pode ser dado como morto, mesmo que esteja a perder por 0-2 ao intervalo e o adversário seja superior. Levantam-se sempre e vencem os seus adversários. E ainda mais na Liga dos Campeões.
O Real Madrid e o Borussia Dortmund reeditaram a final da Liga dos Campeões de 1 de junho no Bernabéu, na terceira jornada da Liga dos Campeões. E os merengues, que disputam o Clássico de sábado no mesmo local, controlaram o jogo desde o início. Mas a primeira oportunidade foi para os alemães, com um cruzamento de Malen que Guirasy desviou para as mãos de Courtois.
Os homens de Ancelotti tentavam jogar longo, mas mal conseguiam incomodar Köbel, apesar da mobilidade dos três da frente.
O golo do Dortmund surgiu graças a um passe magistral de Guirassy, que foi lido na perfeição por Malen. O neerlandês bateu Courtois e levou à loucura a multidão de adeptos amarelos que se deslocaram à capital espanhola.
E quatro minutos depois, o segundo golo do Dortmund. Uma grande jogada de Donyell Malen, que passou por Mendy na direita, cruzou para a área, a bola passou pelos dois defesas centrais e Bynoe-Gittens apareceu no poste mais distante para marcar o segundo.
O Real respondeu, mas a bola parecia não querer entrar. O remate de Rodrygo acertou na barra e o ressalto caiu nas mãos de Bellingham, que também acertou na trave.
O jogo, que havia começado sem muitas chances, ficou elétrico. Aconteceu tanta coisa que parecia que dois jogos tinham passado. Brandt testou Courtois, que fez uma grande defesa, e depois Bynoe-Gittens teve uma oportunidade. Antes, Rodrygo tinha rematado à baliza.
Na segunda parte, Lucas Vázquez teve a primeira ocasião de golo do Madrid, após um cruzamento de Mbappé que Köbel afastou na perfeição. Depois foi Vinicius que fez uma jogada individual, mas o remate foi fraco.
O Real Madrid partiu para o ataque e Mbappé, que estava a fazer uma grande jogada, cruzou e Rüdiger cabeceou na perfeição para bater Köbel e fazer o 1-2. O Bernabéu estava a desmoronar-se. O ar de uma reviravolta, de uma grande noite europeia, pairava no ar. Era o minuto 60.
E aos 62 minutos surgiu o golo do empate. Uma jogada coletiva terminou num ressalto que Vinícius apanhou e bateu Köbel. O árbitro recorreu ao VAR para rever a jogada para um possível fora de jogo de Mbappé, mas a tecnologia determinou que o golo era legal. O Bernabéu era um caldeirão.
Os alemães, que não tinham estado presentes na área branca na segunda parte, chegaram à área de Courtois e obrigaram o belga a fazer uma grande defesa após um remate de Beier, que tinha recebido o passe de Brandt.
Mas o jogo tinha de ser do Real Madrid. É um filme que já vimos várias vezes, o da reviravolta na Liga dos Campeões. Aos 82 minutos, Lucas Vázquez, com a braçadeira de capitão, fez uma grande entrada na área e desferiu um remate que o guarda-redes do Dortmund nada pôde fazer. As bancadas do Bernabéu explodiram de alegria.
Como se isso não bastasse, Vinicius bisou aos 85 minutos, iniciando a jogada no seu próprio campo, correndo para Emre Can e batendo Köbel com um remate cruzado.
E para completar a grande exibição de Vinícius, o brasileiro marcou o seu quinto golo, o seu hat-trick, já nos descontos, com uma grande jogada individual que terminou com um remate à baliza de Köbel.
Arsenal 1-0 Shakhtar
Os londrinos seguem invictos na fase de liga da Liga dos Campeões. O conjunto londrino agudizou a crise da formação ucraniana na prova europeia, graças a uma infelicidade de Dmytro Riznyk, que vestiu o fato de vilão... e de herói.
Fazendo valer o fator casa, a turma de Mikel Arteta puxou para si a responsabilidade do jogo, sem dar muito espaço de criação ao Shakhtar, e o golo apareceu de forma natural pouco antes da meia-hora de jogo, por intermédio de Gabriel Martinelli.
O extremo brasileiro trabalhou muito bem pelo corredor esquerdo sobre Konoplia e, depois de puxar a bola para dentro, rematou em direção ao poste da baliza ucraniana, beneficiando num ressalto no guarda-redes Riznyk, com a bola a seguir em direção ao fundo da baliza.
O primeiro tempo continuou com maior ascendente para a formação londrina que, sem conseguir dilatar a vantagem, foi dando esperança ao adversário, sobretudo na segunda metade do segunto tempo.
Vilão infeliz na primeira parte, Riznyk aguentou todas as investidas, inclusive defendeu uma grande penalidade batida por Leandro Trossard, após corte de Bondar com a mão na área ucraniana, mas faltou sempre um pouco de assertividade ao Shakhtar no último terço, que acordou para o jogo relativamente tarde, e com Raya a resolver as ocasiões criadas pela equipa de Marino Pusic.
A melhor pertenceu ao ex-benfiquista Pedrinho, aos 90+2', que atirou colocadíssimo para uma estirada fenomenal do guarda-redes espanhol.