Então, em 29 de maio de 2021, num embate disputado apenas perante 14.110 espetadores, devido às restrições impostas pela pandemia da COVID-19, os dois internacionais lusos foram titulares, mas perderam para o Chelsea.
Rúben Dias jogou os 90 minutos e Bernardo Silva foi substituído aos 64, pelo brasileiro Fernandinho, num embate decidido pelo alemão Kai Havertz, que marcou aos 42, aproveitando a avenida no miolo do meio-campo do Manchester City, órfão de Rodri, que Guardiola, estranhamente, deixou de fora, jogando sem um verdadeiro 6.
Por seu lado, João Cancelo - produto das camadas jovens do Benfica, como Rúben Dias e Bernardo Silva – também pode repetir a experiência de há dois anos e sagrar-se campeão europeu sem jogar a final.
No jogo do Dragão, o lateral internacional luso foi suplente não utilizado e, desta vez, ganhará, eventualmente, a prova por ter atuado nos seis jogos da fase de grupos, antes de ser emprestado ao Bayern Munique, no qual acabou a época.
O lateral, o central e o médio podem acabar com uma série de quatro épocas consecutivas sem vencedores lusos, já que Liverpool (2018/19), Bayern Munique (2019/20), Chelsea (2020/21) e Real Madrid (2021/22) não utilizaram qualquer futebolista português nas respetivas campanhas rumo ao título.
Para encontrar os últimos portugueses campeões europeus é preciso recuar a 2017/18, época em que Cristiano Ronaldo, Pepe e Fábio Coentrão ganharam a prova ao serviço dos merengues.
Cristiano Ronaldo, presentemente desterrado no Al Nassr, somou o quinto título (2008/09, pelo Manchester United, e 2013/14, 2015/16, 2016/17 e 2017/18, todos pelo Real Madrid), sendo o português com mais vitórias na prova. Por seu lado, Pepe, que agora alinha no FC Porto, isolou-se no segundo lugar do ranking dos internacionais lusos, com três cetros, todos pelos madrilenos (2013/14, 2015/16 e 2016/17).
Quanto a Fábio Coentrão, juntou-se a 16 outros jogadores lusos com dois triunfos, lote que inclui 12 bicampeões pelo Benfica (1960/61 e 1961/62), nomeadamente Cruz, Cavém, Costa Pereira, José Augusto, Coluna, José Águas, Ângelo, Germano, Santana, Neto, Mário João e Serra.
Também somam dois troféus Paulo Sousa (Juventus em 1995/96 e Borussia Dortmund em 1996/97), Deco (FC Porto em 2003/04 e FC Barcelona em 2005/06), e Paulo Ferreira e Bosingwa (FC Porto em 2003/04 e Chelsea em 2011/12).
Para já, Cancelo, Rúben Dias e Bernardo Silva não podem ascender a este patamar, de 17 eleitos, mas têm a possibilidade de se juntar a outros monstros do futebol luso, nomeadamente a Eusébio e Simões (campeões pelo Benfica em 1961/62).
Futre, Fernando Gomes, Sousa, Jaime Pacheco, João Pinto, André, Jaime Magalhães ou Inácio (FC Porto, em 1986/87), Figo (Real Madrid, em 2001/02), Rui Costa (AC Milan, em 2002/03), Vítor Baía, Jorge Costa, Costinha ou Maniche (FC Porto, em 2003/04) e Nani (Manchester United, em 2007/08) também somam um troféu.