O processo contra a UEFA e a UEFA Events, que foi instaurado no ano passado, foi apresentado na sequência do caos no exterior do Stade de France antes do jogo, que foi adiado por mais de 30 minutos.
A polícia francesa foi filmada a utilizar gás lacrimogéneo contra os adeptos, que se queixaram de um tratamento pesado quando foram colocados em recintos fechados no exterior do estádio.
Uma análise independente dos incidentes ocorridos no exterior do estádio concluiu que a UEFA foi responsável por um "grande número de quase-acidentes que podiam ter levado a um desastre" antes da final, que o Real Madrid venceu por 1-0.
Em março, a UEFA chegou a um acordo com um grupo de adeptos do Liverpool, mas um processo separado, movido em nome de cerca de 1.200 outros adeptos, prossegue no Supremo Tribunal.
Numa audiência preliminar realizada na quinta-feira, os advogados da UEFA pediram ao tribunal que adiasse uma audiência que deverá ter lugar no final deste mês, na qual a UEFA pedirá a anulação dos processos.
O advogado da UEFA, Shaheed Fatima, disse nos documentos do tribunal que o caso não podia continuar porque exigiria que o tribunal "fizesse conclusões sobre a legalidade ou ilegalidade (...) do Estado francês".
O juiz Edward Pepperall decidiu que a audiência do pedido da UEFA para pôr termo aos processos deveria prosseguir a 27 de junho.
Inicialmente, a UEFA culpou os adeptos do clube de Merseyside pelo caos, antes de pedir desculpa após a publicação de uma análise independente em 2023.
Mais tarde, a UEFA criou um sistema de reembolso, mas o Real Madrid considerou-o "insuficiente" e recusou-se a contribuir.
A UEFA também deu início a uma série de medidas para a próxima fase final, incluindo o aumento do número de agentes de segurança e a participação dos adeptos no planeamento e execução.