Luis Enrique: "Totalmente convencido de que vamos dar a volta à eliminatória"
Leia abaixo as declarações do treinador asturiano no seu regresso à Ciudad Condal para defrontar um Barça que parte em vantagem após a vitória por 2-3 na primeira mão no Parque dos Príncipes.
Preparação: "Este segundo jogo é um pouco diferente porque não tivemos jogo pelo meio. Tivemos tempo para analisar e melhorar o nosso desempenho e a minha primeira reflexão após o jogo foi que foi muito disputado, bem jogado por ambas as equipas, mas o resultado não reflete o que merecíamos. No mínimo, merecíamos um empate. Mas o resultado de 2-3 significa que temos de fazer um melhor desempenho amanhã (terça-feira). Somos uma equipa que não especula, amanhã (terça-feira) essa palavra não existe e estamos plenamente convencidos de que vamos dar a volta".
Encorajamento no PSG: "Depois de 27 jogos sem perder, um dia tinha de chegar. Chegou no dia menos desejável, mas significa que temos de nos reerguer e melhorar o nosso desempenho. Penso que não é preciso exagerar quando não se perde há 27 jogos, nem arrancar os cabelos quando se perde. Não tenho dúvidas de que vamos competir, estamos ansiosos por dar motivos de alegria aos nossos adeptos".
Condição de Barcola: "Está em condições de jogar, tal como os 23 jogadores da convocatória. Outra coisa é saber se têm nível físico para jogar mais ou menos minutos. Eu adapto-me a tudo".
Recuperação: "Depois de uma derrota e de não estar habituado, é óbvio que os dois dias a seguir ao jogo foram difíceis, custa recuperar o estado mental e físico, mas o bom do futebol é que seis dias depois há outro jogo contra o mesmo adversário. Temos uma ideia clara na nossa cabeça do que fazer, estamos num momento muito bom".
Jogar em Montjuïc: "Gostaria de ter jogado mais em Camp Nou, tal como todos os culés. Mas este é um estádio mítico que me traz boas recordações, ganhei aqui os Jogos Olímpicos de 1992, mas o Camp Nou é único no mundo. Nesse sentido, acho que sou muito bom, gostaria de jogar contra os melhores e no melhor palco possível, mas este também está à altura".
Como encara o jogo: "Não só os jogadores e a equipa técnica, mas todos os adeptos, tenho a certeza de que, no dia seguinte a uma derrota na Liga dos Campeões, estão aborrecidos. Mas é uma questão de cair e levantar. Um atleta de topo tem de estar habituado a isso, lidar com isso é difícil. A partir daí, preparar melhor a nossa estratégia. Estamos prontos.
Mbappé: "Todos os jogadores estão ansiosos por dar a volta. Não se trata de individualizar, queremos retribuir o apoio do Parc des Princes com uma vitória. Acho que o PSG nunca recuperou de uma derrota na primeira mão, mas amanhã (terça-feira) é o dia".
Antevisão: "Vai ser igual (à primeira mão), ambos vamos ter a mesma ideia. Nós vamos pressionar alto e o Barça vai utilizar o Lewandowski para quebrar linhas e criar. Penso que o Ter Stegen fez um recorde de 24 passes longos no outro dia para ultrapassar a nossa pressão. O Barça vai utilizar a última linha para, com bola ou no espaço, nos criar problemas. Penso que haverá golos de ambos os lados no jogo e a urgência é para nós, mas espero que durante o jogo seja o Barça a ficar em desvantagem. Espero que seja divertido para os espetadores, para os treinadores nem por isso, porque gostamos de controlar o jogo".
União: "Tenho um grupo de jogadores muito unido, em que não há egos para além do que significa estar numa equipa de alto nível. Compreendo quando os jogadores estão num nível superior ou inferior. Não me queixo de nenhum jogador, há alguns que merecem jogar mais, mas infelizmente não pode ser".
Xavi e a receção do público: "Não sei como vou ser recebido, mas não me preocupa porque sempre me trataram bem e sinto-me mais um culé, aceitarei de bom grado o que vier, comportar-me-ei como um profissional para dar o melhor ao PSG. Relativamente a Xavi, tudo o que eu disser vai ser interpretado contra Xavi. Ainda não o conheço como treinador, porque ele não me pode treinar. Também disse que gostaria que ele me tivesse treinado como Guardiola ou Luis Aragonés. Para conhecer um treinador, temos de o ver na conversa, na estratégia, na preparação. Não tenho dúvidas de que ele é de topo e os resultados confirmam-no".
Componente emocional: "Houve momentos em que fomos claramente superiores, à exceção dos 25 minutos em que o Barça nos colocou no nosso meio-campo. Na segunda parte fomos superiores, num canto deram a volta, há fases em que se sofre e é difícil. Pode ser uma vantagem jogar em casa, mas também pode ser um fardo. Temos a necessidade e a ambição de passar".
O ADN do Barça: "É maravilhoso que haja quatro treinadores das oito equipas presentes nos quartos de final com o ADN do Barça. É maravilhoso que os oito treinadores estejam a dar esse espetáculo de golos, porque acho que não há oito equipas nos quartos de final que tenham marcado tantos golos. Não é apenas o ADN do Barça, é o ADN do futebol. Felicito todos os meus companheiros".