A estreia no Estádio Gewiss, em Bergamo, foi para começar em alta. O segundo duelo como treinador do Nápoles já vai ser mais complicado para Walter Mazzarri vai visitar esta noite o Santiago Bernabéu, o estádio do Real Madrid, um dos clube mais importantes do mundo.
Depois segue-se o regresso às partidas dométicas numa sequência em que vai medir forças com o Inter, marcado para domingo à noite no Maradona, e com a Juventus, na sexta-feira, 8 de dezembro, no Allianz Stadium.
Se nos últimos meses se sentia aborrecido em casa, mas continuava a tentar manter-se atualizado, como já disse em várias ocasiões, o treinador toscano não podia pedir um arranque mais árduo e vibrante. Porque voltar a questionar-se numa praça onde se tinha saído muito bem, mas com outros parâmetros, já era, por si só, um desafio exigente. A complicar as coisas estava o calendário atribulado dos primeiros quatro jogos. E se o da Atalanta foi bem sucedido, ainda que com dificuldade, o cenário que se abre agora é o de um verdadeiro teste de triatlo extremo.
Medo cénico
Defrontar num dos estádios mais emblemáticos do mundo um Real Madrid que domina o campeonato e também a fase da Liga dos Campeões, não será fácil, mas o objetivo da equipa napolitana tem de ser somar pontos para garantir a passagem aos oitavos de final da Liga dos Campeões, sobretudo depois do empate suicida em casa com o Union Berlin na última ronda.
Pela frente, no entanto, e apesar das ausências de Vinicius, Camavinga e Modric, há um grupo que se destaca pela solidez mental e que não pretende fazer uma desfeita perante o seu próprio público. Com um historial na Liga dos Campeões onde soma 14 títulos da, a equipa de Carlo Ancelotti quer continuar a sua caminhada europeia sem mácula e procura a quinta vitória em cinco jogos para garantir um primeiro lugar que está a um passo de distância. No papel, portanto, não há desafio mais difícil para qualquer equipa. Muito menos para uma equipa que foi recentemente confiada a um barqueiro experiente, mas que nunca navegou em mares revoltos.
Os melhores confrontos
Além da partida disputada esta noite, o Nápoles vai ter outros dois duelos complicados nas provas domésticas. O primeiro é uma certa Inter de Milão, líder do Campeonato Italiano, contra quem enfrentará no domingo em casa. As três derrotas da Azzurra no campeonato foram todas em casa, o que prova que o miedo escénico é sentido por Di Lorenzo e os seus companheiros mais em casa do que fora.
Além disso, os nerazzurri chegarão mais frescos para o jogo de domingo, dada a abundante rotatividade que vão pôr em prática esta noite contra o Benfica. Já qualificado para os oitavos de final, Simone Inzaghi entende que o jogo mais importante da semana é o no Maradona, no qual o objetivo será confirmar-se no topo do campeonato, mas também desbancar definitivamente a Azzurra, que continua a lutar pelas posições europeias.
Como se isso não bastasse, para Mazzarri vem depois a viagem a Turim, onde o espera aquele Massimiliano Allegri com quem teve várias disputas no passado, especialmente no seu primeiro período em Nápoles, quando o treinador de Livorno treinava o AC Milan. Conhecendo-o, o treinador da Azzurra não terá feito cálculos, mas terá adotado a doutrina do passo a passo, aquela que treinadores viscerais e apaixonados como ele adoptam até à exasperação. Afinal, diante dos rivais, qualquer outra abordagem que não a totalmente empírica seria impraticável.
