Monopólio italiano tenta feito inédito no futebol europeu
Dos quatro campeonatos de topo do futebol europeu, a Serie A é talvez aquele que tem vindo a perder visibilidade mediática nos últimos anos. Desde o Inter de José Mourinho, em 2010, que não conquista a Liga dos Campeões e só a Roma, também do técnico português, é que conseguiu quebrar o jejum de troféus europeus, ao conquistar a Liga Conferência.
Esta temporada, Itália vive um verdadeiro sonho e tem a possibilidade de se tornar no primeiro país a vencer as três competições europeias no mesmo ano. Inter (Liga dos Campeões), Roma (Liga Europa) e Fiorentina (Liga Conferência) vão estar na decisão das respetivas competições e dar expressão a um monopólio italiano que não se via desde 1994.
A força dos anos 90
Esta época é a sétima vez que três equipas do mesmo país vão estar em três finais europeias diferentes. É preciso recuar até 1962 para encontrar o primeiro caso, que pertence a Espanha.
Nessa temporada, o Real Madrid perdeu a Taça dos Campeões Europeus com o Benfica (3-5), o Valência goleou o Barcelona na Taça das Cidades com Feiras e o Atlético venceu a Fiorentina na Taça das Taças.
Em 1985/86, novo monopólio espanhol, com o Barcelona a perder a Taça dos Campeões Europeus para o Steaua, o Atlético a cair frente ao Dínamo Kiev na Taça das Taças e o Real Madrid a vencer a Taça UEFA frente ao Colónia.
De lá para cá, só os clubes italianos conseguiram esta faceta, num início de década de 1990 absolutamente avassalador para o calcio. Entre 1988 e 1994, por quatro vezes os emblemas transalpinos tiveram três clubes em três finais europeias diferentes.
A última vez que aconteceu não foi de boa memória: O AC Milan foi goleado pelo Barcelona na Liga dos Campeões, o Inter perdeu com o Casino Salzburgo na Taça UEFA e o Parma foi derrotado pelo Arsenal na Taça das Taças.
Em 2022/23, os adeptos italianos esperam uma sorte diferente e conseguir o que nenhum país alcançou: vencer três provas europeias no mesmo ano.