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O "Grupo City" corta as asas aos recordes: os casos de Haaland e Castellanos

Miguel Baeza
Taty Castellanos após o jogo Girona-Real Madrid
Taty Castellanos após o jogo Girona-Real MadridAFP
Em pouco mais de um mês, dois jogadores das equipas do "Grupo City" foram privados de fazer história por terem sido substituídos antes do final do jogo.

Erling Haaland e "Taty" Castellanos estiveram a um golo de fazer história pelo Manchester City e pelo Girona, respetivamente, quando os seus treinadores decidiram colocá-los no banco. Sem dúvida que tanto Guardiola como Míchel terão tido as suas razões para os substituir, mas a verdade é que privaram, eles e os adeptos, de momentos que só acontecem um par de vezes na vida.

Para o letal avançado norueguês, tudo aconteceu numa noite de Liga dos Campeões, a 14 de março. Aos 57 minutos, durante a segunda mão dos oitavos de final contra o RB Leipzig, já tinha marcado cinco golos. Tinha igualado Leo Messi e Luiz Adriano como os homens que mais golos tinham marcado num só jogo na principal competição continental e tinha quase toda a segunda parte para os ultrapassar.

No entanto, Pep Guardiola, que treinou o astro argentino quando ele atingiu a marca em 2012, na vitória por 7-1 sobre o Bayer Leverkusen, retirou o "ciborgue" de campo aos 63 minutos para dar lugar a Julián Álvarez. Uma decisão amplamente criticada por um setor que entendeu que o catalão estava a proteger a marca do sete vezes vencedor da Bola de Ouro.

"Sei que o Leo marcou cinco golos, lembro-me perfeitamente disso. Mas é incrível que o tenha feito em 60 minutos, não é o caso do Leo. Erling é muito jovem e isso tem de ser uma razão extra para bater o recorde de Leo", explicou o treinador após o jogo. "Haaland é inacreditável, marcou oito golos em quatro dias. Joguei 11 anos no Barcelona e marquei 11 golos, é inacreditável. Substituí-o depois de marcar três golos para não bater o recorde de Messi na Taça de Inglaterra", brincou alguns dias depois, cansado das acusações.

Por coincidência, outro jogador de uma equipa do "Grupo City" viveu uma situação semelhante à do norueguês. Foi nada mais nada menos do que o homem da semana, o argentino "Taty" Castellanos, protagonista absoluto do jogo Girona-Real Madrid, da 31ª jornada de LaLiga. Numa noite inesquecível para o Girona, o homem de Mendoza marcou os quatro golos da sua equipa.

Aos 62 minutos, já tinha feito um hat-trick e procurava igualar um recorde de outra era, tornando-se apenas no segundo jogador na história a marcar cinco golos contra o Real Madrid. Infelizmente, Míchel achou melhor substituí-lo por Cristhian Stuani a 18 minutos do fim. Assim, Esteban Echevarría tornou-se o único jogador a marcar um hat-trick contra a equipa da capital espanhola - com o Real Oviedo, em 1947.

Não deixa de ser curioso que, num espaço de tempo tão curto, dois jogadores ligados à mesma organização estejam tão perto de bater recordes e não o consigam fazer por razões técnicas. O que se passa com o "Grupo City" e com os recordes?