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Panathinaikos: verde esperança nos milhões necessários

A festa dos jogadores em Marselha
A festa dos jogadores em MarselhaAFP
A equipa grega é, para já, uma das surpresas das rondas preliminares da Liga dos Campeões, ao deixar pelo caminho o Marselha. Está a 180 minutos de disputar a fase de grupos da Champions pela primeira vez em 13 anos.

Ainda não é a Liga dos Campeões, mas já se ouve o hino mágico nos estádios. Esta quarta-feira, o Estádio Municipal de Braga vai acolher a primeira mão do play-off de acesso à Champions, o último passo antes de chegar aos milhões da prova milionária.

Depois de eliminar o inexperiente Backa Topola, o SC Braga tem agora um adversário de outra tarimba. 20 vezes campeão da Grécia, 19 vezes triunfal na taça helénica e vice-campeão europeu em 1971 (perdeu com o Ajax), o Panathinaikos encontra-se a reerguer-se depois de um passado marcado por problemas financeiros.

O percurso do Panathinaikos na Liga dos Campeões
O percurso do Panathinaikos na Liga dos CampeõesFlashscore

Tudo começou em 2011, um ano depois de ter conquistado a dobradinha com nomes como Djibril Cissé, Kostas Katsouranis ou Sebastián Leto. Nessa época, a equipa foi eliminada nas rondas preliminares da Liga dos Campeões e meses depois, em março, viu a direção demitir-se em massa depois de confrontos violentos antes do dérbi com o Olympiacos.

Começa aí uma história de renascimento. Vardis Vardinogiannis, acionista maioritário vendeu as ações (54, 7 por cento) à PAO Alliance, uma organização com mais de 8 mil membros, entre os quais os antigos jogadores do clube Alain Boumsong, Sotiris Ninis e Gilberto Silva. Gannis Alafouzos foi eleito presidente do clube e deu início a uma restruturação marcada pela primeira vez em 16 anos que o clube não ia às provas europeias.

A vitória na Taça da Grécia num ano em que se temia a descida de divisão (2013/14) foi o tónico para uma caminhada ascendente pese embora os problemas financeiros que levaram a UEFA, em 2018, a banir o clube das provas europeias durante os três anos seguintes devido a constantes violações do Fair-Play Financeiro.

Na época passada, o conjunto ateniense voltou a disputar as competições europeias, mas o sonho continental terminou em desilusão. Foi eliminado pelo Slavia Praga na terceira pré-eliminatória da Liga Conferência. 

Desta feita, e depois de ter perdido o título de forma dramática para o rival AEK, o Panathinaikos sabe que 2023/24 marca o regresso às provas europeias, resta saber se na fase de grupos da Liga dos Campeões, se na Liga Europa. Uma coisa é certa, em Atenas os milhões seriam um passo importante na reconstrução de um gigante.

O onze diante do Marselha
O onze diante do MarselhaFlashscore

A tua cara não me é estranha...

Em Portugal, o Panathinaikos vai apresentar-se com algumas caras conhecidas do futebol português. Desde logo Zeca. Aos 34 anos, este antigo jogador de Casa Pia e Vitória de Setúbal é já uma das figuras da equipa da casa, sendo internacional grego e com mais de 240 jogos pelo clube ao qual regressou este verão após deixar o Copenhaga.

Filip Djuricic (esteve ligado ao Benfica entre 2013 e 2017) e Andraz Sporar (ligado ao Sporting entre 2020 e 2022 e com passagem pelo SC Braga em 2021) são outros nomes que os adeptos já viram desfilar pelos relvados portugueses e que têm contribuído para o crescimento desta equipa helénica.

Sporar ao serviço do clube grego
Sporar ao serviço do clube gregoPanathinaikos

Nota ainda para outros atletas mais sonantes. Uma das figuras do Flamengo de Jorge Jesus, Willian Arão chegou do Fenerbahçe esta temporada e pode partilhar o meio-campo Tonny Vilhena, outrora uma das grandes promessas do Feyenoord e do futebol neerlandês. Antigo internacional brasileiro (esteve mesmo no Mundial-2014), Bernard é a figura mais cintilante do plantel helénico, chegando em 2022 depois de passagem pelo Al Sharjah, dos Emirados Árabes Unidos.

Tony Vilhena frente ao Marselha
Tony Vilhena frente ao MarselhaAFP