Publicidade
Publicidade
Publicidade
Mais
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Roberto Carlos assume ter vivido situações de racismo em campo: "Tem de haver punição"

LUSA
Roberto Carlos marcou presença na Web Summit, em Lisboa
Roberto Carlos marcou presença na Web Summit, em LisboaLUSA
O antigo futebolista internacional brasileiro Roberto Carlos afirmou esta terça-feira ter vivido situações de insultos racistas, semelhantes às do compatriota Vinicius Júnior, e considerou que o problema só pode ser resolvido pelas federações, FIFA e UEFA.

“Já passei pela mesma situação (do Vinícius) quando jogava em alguns estádios, onde vivi insultos e atos de racismo. Temos de ser muito inteligentes. Nós, jogadores, não podemos resolver nada. Quem tem de resolver é a FIFA, UEFA e as federações de cada país. Se há racismo, tem de haver punição”, disse o antigo jogador, na Web Summit, onde falou sobre a plataforma Striver, que pretende combater o fenómeno do racismo nas redes sociais.

Roberto Carlos explicou que a Striver “chega para colocar as pessoas no seu devido lugar e criar um ambiente seguro para todos”, acrescentando: “É importante que os jogadores modernos interajam com o público e que a resposta seja positiva sempre. Na nossa época, não existia tanta rede social. Hoje, é necessário ter ferramentas necessárias para se protegerem. O mundo evolui e estamos a seguir essa evolução”.

Vinicius Júnior, jogador do Real Madrid, tem sido alvo de inúmeros insultos racistas, que já levaram as autoridades brasileiras e espanholas a procurarem estratégias conjuntas para combater o problema, e o Alto Comissário das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos a pedir aos organizadores de eventos desportivos que implementem “estratégias para evitar o racismo no desporto”.

O antigo defesa esquerdo do Real Madrid considerou que “os insultos nas redes sociais ultrapassam o limite e está na hora de dizer basta. É difícil para um jogador saber que tem milhares de pessoas a insultá-lo”.

Gilberto Silva, também antigo internacional brasileiro, admitiu também ter vivido momentos de racismo em campo, e defendeu que a “melhor maneira de lidar com o assunto é não dar voz” a quem os protagoniza.

“No Arsenal, na Liga dos Campeões, tive uma experiência dessas. Não podemos lutar contra um grupo estúpido de pessoas e não podemos condenar toda a gente por causa de um pequeno grupo de pessoas. Tenho de me focar em mim, na minha performance e em como posso ajudar a equipa. A melhor maneira para lidar com isso é não dar voz a essas pessoas”, afirmou.

O diretor executivo da Striver, que é descrita como uma plataforma livre de abusos nas redes sociais criada por futebolistas para os adeptos, garantiu estar a falar “com quatro ou cinco clubes da Premier League e também com um importante clube português”.

“A Striver está a ser recebida de forma extremamente positiva e os feedback têm sido ótimos”, disse Tim Chase.