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Rúben Amorim: "Amanhã serei treinador do Sporting e apenas do Sporting"

Bruno Henriques
Rúben Amorim no banco do Sporting
Rúben Amorim no banco do SportingPATRICIA DE MELO MOREIRA/AFP
O treinador do Sporting fez a antevisão ao jogo da quarta jornada da fase principal da Liga dos Campeões. Vai defrontar o Manchester City, rival citadino do United, clube que o português vai passar a orientar a 11 de novembro

Ausência de Gonçalo Inácio: "Está fora, poderíamos arriscar, mas não por muito mais tempo. Já chega do Inácio estar sempre a sofrer, depois sofre com as exibições e as pessoas olham para o rendimento. O Eduardo Quaresma não pode fazer o jogo todo. Não vou dizer tudo, o Genny Catamo não foi para a última convocatória (com o Estrela da Amadora), estava com um toque".

Último jogo em Alvalade: "Já passei por isto algumas vezes como jogador, é difícil de explicar. Vou ter saudades no futuro porque fui muito feliz aqui, sei que vou para um mundo mais complicado, mas temos de dar passos em frente."

Manchester City: “Qualquer jogador é de classe mundial. Já há algumas recuperações, não sabemos se vão ser utilizados, têm alguns de fora, mas é sempre uma equipa muito difícil. É difícil de prever o que vai acontecer, em que posições vão jogar. Temos de acreditar muito com o que vamos fazer e ir para o jogo com coragem”.

Desejo pelo Manchester United: “Eu fui a Inglaterra não fui negociar nada, mas conhecer o dono (do West Ham) e já tinha a decisão tomada. Fiquei porque resolvi ficar, falei com o presidente e ele convenceu-me a ficar mais um ano. Se as pessoas pensam que eu já queria sair o ano passado, não posso fazer nada, não vou estar a desgastar outra vez com isso. A prova de que foi este que mexeu comigo, é que foi o único que aceitei.”

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Preparado para ser mais competitivo com City: “Eu sinto que sou melhor trinador agora. Olhamos para os cinco anos e tivemos dois plantéis, está o Gonçalo Inácio, Nuno Santos e o Pedro Gonçalves do primeiro plantel. Olhamos para cinco anos mas não com os mesmo jogadores. Sou melhor treinador, mas o Pep Guardiola também. Sinto que neste momento tenho melhores jogadores, mais preparados para jogar um jogo mais completo, mas eu também acho que o City está mais completo. É mais difícil perceber conseguir fazer o que vão fazer do que na altura.”

Renovação: “Faz todo o sentido, eu falei com o presidente e ele disse: ‘sei que já tens a cabeça decidida, mas tens a renovação em cima da mesa’. Quando disse aquilo não havia nada desta situação e eu queria sair no fim da época, acontecesse o que acontecesse. E se eu fosse para a casa, iam dizer que o presidente não fez de tudo para renovar comigo. Uma coisa não impede a outra. Eu ter a renovação em cima da mesa é independente de eu querer sair”

Atenção em Inglaterra: “Sem dúvida, tenho a certeza disso mas o meu foco é o Sporting. Perder um jogo com o City não é um falhanço, mas só como treinador do Sporting. Agora tenho noção que vou ser avaliado por este jogo e apenas por este jogo, mas não penso muito nisso. Vão analisar a forma como jogamos, como nos batemos e o resultado, mas o foco está em vencer o jogo para estar cada vez mais perto do play-off. (mini-dérbi de Manchester) São contextos completamente diferentes. Eu não estou a pensar nisso. Amanhã serei treinador do Sporting e apenas do Sporting. No dia 11 serei do Manchester United. Não sou ingénuo, mas sei que vão tirar conclusões do resultado. O foco agora é vencer pelo Sporting”.

Arrependimento: “Raramente me arrependo das decisões. Ainda não tive tempo apra sentir saudades, há tanta coisa para tratar e fazer. Não me lembro de nenhum treinador passar por isto. Eu sei que vou ter muitas saudades de tudo, do país, dos jogadores, do clube. Talvez no fim do jogo, mas neste momento não dá para sentir nada. Vamos esperar até ao jogo a seguir a Braga”.

Empate era um bom resultado? “Não posso responder assim. Quando entramos em campo é para vencer, faz parte do nosso ADN”.

Haaland vs Gyokeres: “Os jogadores da minha equipa são os melhores. O Viktor tem feito muito por nós, ainda no último jogo foi extremamente importante. Não trocava nenhum de outra equipa pelos nosso”.

Conversa com Guardiola: “Nós vimos de uma cultura completamente diferente. Imaginarem eu e o (Sérgio) Conceição a beber um copo de vinho no fim do jogo, é uma imagem... (risos), eu farei o que tiver de fazer, adaptar à cultura”.

Rescisão do contrato assinado até 2026: “Estava tudo previsto desde o quarto lugar. Nós tínhamos tudo alinhavado para que nenhuma das partes tivesse problemas em sair no final da época”.

Ansiedade: “Estou mais ansioso com o jogo, stressado, porque tínhamos um plano. O City jogou com o Bournemouth e mudou aquilo tudo e deixa-me stressado quando não tenho a certeza o que vai acontecer, apenas isso. Sinto-me de consciência tranquila. Não penso em despedida, isso só em Braga. Enquanto o jogo não passar, só existe o jogo, depois não sei o que vai acontecer, mas sei que vai ser um momento especial”.

Noite perfeita: “Perfeito é ganhar, se for com assobios compro já. Quero ajudar os meus jogadores, ficávamos com o play-off mais ou menos garantido e ia com outra alegria embora”.

Comunicação em inglês: “Obviamente que no início vai ser mais simples, não tão elaborada, porque é em inglês. Acho que 3 meses chegam, é o que toda a gente diz. Em relação aos jogadores não, porque tenho de explicar em inglês nos treinos. Eu dou os treinos em inglês para o Hjulmand, Gyokeres, Diomande, não vai ser muito diferente. Há uma ideia de jogo, uma forma de trabalhar”.

Inspiração de Guardiola: “Retiro muita coisa dele, do De Zerbi, do Jorge Jesus porque fui treinado por ele. Inspiro-me em todo o lado. Olho para os melhores treinadores do mundo, até para quem tenho ideias diferentes do jogo, mas há sempre coisas em que nos podemos inspirar”.

Os próximos jogos do Sporting
Os próximos jogos do SportingFlashscore

Sporting preparado para a saída: Ouviram o capitão e ele disse que já não precisavam do treinador. Eles são muito maduras e entendem muito bem jogo. Estão preparados, vai haver uma mudança e há uma maturidade diferente para seguir em frente”.

Identidade: "Queremos manter a identidade quando tivermos a bola. Temos de nos adaptar um bocadinho. Às vezes têm mais coragem os que se adaptam um bocadinho para ganhar o jogo, do que eu saber que a minha equipa tem 0% de hipóteses se eu for fazer a pressão a todas as bolas como na Liga Portugal. Temos de nos adaptar se quisermos lutar pelo resultado. Se tivermos a bola temos de jogar da nossa maneira”.

Ir para o Manchester City: “Obviamente que isso passa pela cabeça. A minha decisão está tomada porque é aquele clube que quero, é aquele contexto que eu quero, é ali que quero continuar a minha carreira. Decidi pelo clube que eu quero e não quis mais nada”.

Expectativas: "As ilações que vão tirar podem ser enganadoras. Se o resultado for negativo as expectativas vão baixar, o que poderá não ser mau para começar no Manchester United. Se nós amanhã ganharmos vão pensar que chegou o novo Alex Ferguson e isso vai ser difícil de manter. O que eu quero é ganhar o jogo e deixar os meus jogadores felizes para o que vem aí da época”.

Conversa com Mourinho: “Ainda não falei com o mister José Mourinho, ele está cheio de jogos e eu também. O impacto que ele teve na minha carreira foi a forma como ele me tratou. Mostrou-me que se pode ganhar tudo e ser-se uma pessoa diferente daquilo que as pessoas às vezes pensam. Foi um treinador que abriu a porta a todos, especial na sua época. Quando apareceu sabíamos que as equipas deles iam ganhar, é marcante para nós portugueses. Terei tempo para falar com ele. Obviamente que foi marcante a pós-graduação, foi há sete anos, e não sai de lá a dizer que queria ir para o Manchester United, mas foi o único clube onde fiz um estágio”