A final da Liga dos Campeões foi adiada 36 minutos depois de milhares de adeptos do Liverpool não terem conseguido entrar no Stade de France no jogo de 28 de maio, que o Real Madrid venceu por 1-0.
A UEFA, organismo que rege o futebol na Europa, pediu desculpa ao Liverpool por ter inicialmente responsabilizado os adeptos do clube de Merseyside pelo caos, na sequência da publicação do relatório em fevereiro.
A UEFA afirmou que, desde então, tem mantido um "diálogo positivo" com os adeptos, através do grupo Football Supporters Europe (FSE), para garantir a sua participação nas finais no futuro.
"Na UEFA estamos totalmente empenhados em garantir que todos os adeptos de futebol possam desfrutar da presença da sua equipa numa final da UEFA num ambiente seguro e acolhedor", afirmou o Secretário-Geral da UEFA, Theodore Theodoridis, em comunicado.
"Desenvolvemos e implementámos medidas operacionais abrangentes que incorporam as recomendações... e os valiosos contributos dos grupos de adeptos para melhorar a segurança nas finais das competições dos nossos clubes e seleções", prosseguiu.
A UEFA disse que iria trabalhar com a FSE, a sua rede de adeptos e os finalistas para determinar o número de adeptos que viajariam para as cidades anfitriãs, tomar medidas em conjunto com as autoridades locais, tais como a criação de zonas de adeptos e melhorar a comunicação com os adeptos.
"Os representantes da FSE também estão integrados nas equipas operacionais do dia do jogo para cada final e fazem parte do processo revisto de balanço global para garantir que as lições aprendidas são integradas em futuras finais", afirmou a UEFA.
A UEFA afirmou que aumentou o número dos seus agentes de segurança e proteção que cobrirão as finais e que encomendou relatórios de modelação de multidões para as finais deste ano.
A UEFA afirmou ainda que estabeleceu um processo para evitar a repetição do que aconteceu no ano passado, em que as imagens das câmaras de vigilância do estádio foram destruídas após o jogo.