1 - Luis Enrique
Com a chegada do espanhol ao banco do Paris SG, o internacional português ganhou uma nova dimensão na equipa parisiense. Médio e extremo, é utilizado de várias formas e responde às exigências do seu novo treinador. Por vezes criticado na época passada, os observadores atentos do clube puderam constatar, desde agosto, que o problema não estava n o talento do jogador.
"Ele perde pouco a bola, tem velocidade, é físico, pode jogar fora do centro ou no meio do campo e tem qualidade para marcar", disse o treinador do Paris SG.
"Acho que as ideias que ele tem combinam bem com o meu estilo de jogo", explicou o português ao Téléfoot, em outubro.
"Isso é importante para mim e acho que posso aprender muito com ele. Continuo a ter a técnica, a alegria com a bola, mas com ele posso evoluir para um jogo mais completo, com e sem bola. Até agora, ele tem-me pedido para compreender bem o meu jogo com o Kylian..."
2 - Kylian Mbappé
E o francês é, precisamente, o motivo seguinte.
"É um grande jogador, o melhor da atualidade, e dou-me muito bem com ele em campo e fora dele também, e combinamos bem", revelou o antigo médio dos dragões.
A estrela do Paris SG e o jogador português complementam-se muito bem. Posicionado principalmente no lado esquerdo do campo, Vitinha desmarca-se constantemente quando a sua equipa tem a bola para se posicionar onde Mbappé costuma estar, ou seja, no flanco esquerdo.
Graças à proximidade, os dois jogadores aprenderam a jogar com os pontos fortes um do outro, e isso é evidente nas várias fases em que a bola passa por essa zona do terreno.
"Jogamos quase sempre juntos, o nosso flanco esquerdo é uma mais-valia para a equipa. Sinto-me bem com ele, complementamo-nos, sabemos o que temos de fazer em campo, mas podemos sempre melhorar", explicou o português em conferência de imprensa, esta segunda-feira, no lançamento da partida com o Newcastle.
3 - Estatísticas
A boa sensação que Vitinha transmite quando veste a camisola do Paris SG reflecte-se nas estatísticas. Após 830 minutos jogados (12 jogos), o internacional português completou 90% dos seus passes (581), criou 18 oportunidades, completou 93% dos seus dribles (16), tocou 783 vezes na bola, perdeu apenas 10, completou 64,3% dos seus desarmes e somou 50 recuperações de bola.
Estes números atestam a influência do jogador de 22 anos, que também já marcou três golos, o que prova que as suas responsabilidades mudaram no espaço de um ano.
4 - Integração bem sucedida em Paris
Quando um jogador estrangeiro chega a um novo país, há um período de adaptação. O primeiro ano não foi fácil, mas dia após dia mostrou capacidade mental para se impor no clube da capital ao longo do tempo.
Consciente desta dificuldade de integração, o português confessou que ajuda o seu companheiro de clube e de seleção, Gonçalo Ramos: "Tento contribuir para a sua adaptação, porque sei o que é chegar a um novo país, a um novo clube... Tento apoiá-lo o mais possível, não acho que ele tenha dificuldades. É preciso tempo para se adaptar, mas ele está a 100% no grupo e vai ser muito importante para a equipa".
A boa forma de Vitinha fez com que Roberto Martínez desse mais minutos ao médio na seleção nacional, o que faz com que o ex-FC Porto se posicione entre os candidatos à convocatória de Portugal para o Euro-2024.