Carlos Carvalhal, treinador do SC Braga: "Respeitamos muito o Maccabi Tel Aviv"
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“Queremos dar continuidade ao que fizemos (na vitória por 3-0 na visita ao Nacional, da sexta ronda da Liga), porque isto não para. Vamos com toda a ambição. Respeitamos muito o Maccabi Tela Aviv, mas queremos vencer”, vincou, em conferência de imprensa.
Os minhotos vão iniciar a 19.ª participação na segunda competição de clubes da UEFA frente ao campeão e líder isolado da Liga israelita, seis dias depois de terem voltado aos triunfos, retificando uma sequência de dois empates e uma derrota nas diversas provas.
“Entrámos com níveis de ansiedade muito altos no último jogo. Tivemos oito chances na primeira parte e não concretizámos nenhuma, mas fizemo-lo depois do intervalo e foi visível que a equipa ficou menos ansiosa depois do primeiro golo, porque queria muito ganhar. Baixando a ansiedade, subimos a qualidade de jogo e esse é o mote”, observou.
O SC Braga manteve-se na sétima posição da Liga, agora com os mesmos 11 pontos do Famalicão, sete abaixo do campeão nacional e líder isolado Sporting, antes de debutar na remodelada fase regular da Liga Europa, que deixa Carlos Carvalhal incerto.
“É uma incógnita. Não sabemos quantos pontos vão ser necessários para seguir direto (rumo aos oitavos de final) ou para entrar no play-off. Temos de fazer aquilo que fazemos sempre: abordar um jogo de cada vez”, atestou, na véspera de completar 800 encontros como treinador principal.
A Liga Europa adota um novo modelo competitivo a partir desta época, ao substituir a fase de grupos de 32 clubes por um campeonato com 36 emblemas, proporcionando a cada um oito desafios - quatro em casa e quatro fora - com adversários diferentes.
“Percebemos que a equipa vai melhorar e está a maturar-se, a jogar cada vez melhor e a interpretar as ideias. Pode ser um bom teste ao nosso momento, tendo em conta que defrontaremos um adversário difícil e que joga bem. Queremos honrar o passado do SC Braga, que tem um historial bastante rico nesta prova”, lembrou.
Os oito primeiros classificados têm entrada direta nos oitavos, tal como os vencedores dos play-offs disputados a duas mãos entre as equipas posicionadas dos nono ao 24.º lugares, enquanto os restantes 12 participantes serão automaticamente eliminados.
“Independentemente do formato, não iríamos modificar nada em nós, mas sim atacar um jogo de cada vez para tentar vencer. Não há grandes diferenças por aí. Agora, existem situações que estamos a tentar equilibrar. Quando chegámos, sempre dissemos que não era uma competição fácil. Tínhamos logo uma missão de curto prazo muito difícil, que era garantir a continuidade nas provas da UEFA e, depois, ficar na Liga Europa”, enquadrou.
Para aceder à fase de liga, o SC Braga deixou para trás os israelitas do Maccabi Petah Tikva (7-0 no agregado das duas mãos), os suíços do Servette (2-1) e os austríacos do Rapid Viena (4-3) nas rondas preliminares, disputadas entre julho e agosto.
“Ao mesmo tempo, estamos a construir uma equipa. Como vários jogadores experientes estiveram de fora, tivemos de nos assumir neste momento difícil com jovens que não conhecem a nossa realidade. Felizmente, a sua capacidade levou a que a equipa tenha estado relativamente bem até ao momento”, analisou, num dia em que o defesa central Paulo Oliveira juntou-se a Robson Bambu, João Moutinho e Rodrigo Zalazar no boletim clínico.
O SC Braga, finalista derrotado em 2010/11, recebe o campeão israelita Maccabi Telavive na quinta-feira, às 20:00, no Estádio Municipal de Braga, em desafio da jornada inaugural da fase regular da Liga Europa, sob arbitragem do esloveno Matej Jug.