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Tudo muda no espaço de uma semana. Quando o SC Braga não foi além do nulo na receção ao Servette, o encontro era encarado como parte do processo de Daniel Sousa, mas o presidente bracarense não quis ficar à espera para ver o desenrolar da eliminatória. À procura de um verdadeiro Salvador, António chamou um rosto conhecido e Carvalhal regressou pela terceira vez a Braga.
Três minutos foram suficientes para dizer sim ao presidente do SC Braga, mas Carvalhal estava consciente de que precisaria de muito mais tempo para implementar as suas ideias já na partida com o Servette. Ainda assim, o técnico surpreendeu ao colocar Zalazar no flanco, embora essa mudança não tenha durado muito, uma vez que a lesão de João Moutinho forçou um regresso ao plano mais habitual ao longo deste início de época.
Não se pode dizer que os primeiros 45 minutos da nova era de Carvalhal tenham sido brilhantes. A equipa minhota entrou nervosa e revelou alguns erros posicionais que podiam ser fatais, não fosse a falta de inspiração de um Servette com armas claramente inferiores às da equipa portuguesa. Curiosamente (ou não), a passagem de Zalazar para o meio-campo trouxe melhorias.
Sem criar oportunidades, o SC Braga começou por assumir a partida e foi feliz na melhor jogada do primeiro tempo. El Ouazzani (45'+1) voltou a ser o responsável pela finalização, mas a jogada construída da esquerda para a direita, com Ricardo Horta a destacar-se no passe e Victor Gómez a fazer a assistencia, provou que o SC Braga podia passar a eliminatória sem grandes dificuldades, desde que conseguisse implementar mais vezes o futebol que se espera da equipa de Carvalhal.
Nota artística e um valente susto
A segunda parte foi uma prova perfeita disso mesmo. Ao contrário do que aconteceu no primeiro tempo, a equipa de Carlos Carvalhal dominou os restantes 45 minutos para confirmar a passagem ao play-off.
Melhor do que a jogada do primeiro golo, só a do segundo, que voltou a passar pelos pés de Bruma, conta com a incursão de Vítor Carvalho e com o passe do brasileiro para o recém-entrado Roberto Fernández (69') selar o objetivo principal, ainda que um erro de Niakaté tenha colocado um ponto de interrogação quando tudo parecia já resolvido.
O central bracarense falhou o corte, Kutese (90'+1) ainda reduziu, mas o SC Braga conseguiu mesmo o apuramento. Cumprido o primeiro objetivo, o próximo passa por chegar à fase de liga. Qualidade não falta e isso voltou a ficar provado esta noite, ainda que seja proibido cometer erros como o de Niakaté.
Homem do jogo Flashscore: Vítor Carvalho (SC Braga)