De penálti para a vitória: Benfica bate Toulouse nos descontos (2-1)
Recorde as principais incidêndias da partida
Após a desilusão em Guimarães no passado fim de semana, que deixou o Benfica em risco na liderança da Liga, as águias mudaram o chip e entraram em modo europeu para receberem o 14.º classificado da Ligue 1, com registo de apenas quatro vitórias em 21 jornadas realizadas até ao momento no principal campeonato francês.
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Para o duelo onde partia com o favoritismo do seu lado, Roger Schmidt promoveu duas mudanças no onze (Arthur Cabral e Álvaro Carreras foram apostas de início), embora possam ser consideradas três, em virtude do regresso do canivete norueguês Aursnes à lateral direita, para o lugar de Bah.
Muita parra e pouca uva
O domínio dos encarnados foi claro desde os primeiros minutos. Mais bola, mais qualidade individual e coletiva e mais aproximações à baliza contrária. Faltou apenas uma melhor definição no último terço, que foi o principal calcanhar de Aquiles do Benfica no primeiro tempo. No lado contrário, os gauleses iam aproveitando alguns rasgos de criativadade ofensiva, sempre com Dallinga muito presente, mas sem conseguir criar nada que incomodasse Trubin.
Pese essa maior predominância do ponto de vista ofensivo, os campeões nacionais demoraram 28 minutos até encetarem as primeiras aproximações com perigo junta da baliza à guarda de Guillaume Restes. O primeiro aviso foi dado pelo craque argentino Di María, na cobrança de um livre direto, que forçou o jovem guarda-redes francês a afastar a bola com os punhos.
Esse momento foi como um gatilho para o despertar do resto da equipa encarnada, sobretudo de Rafa Silva, com o camisola 27 a puxar para si a responsabilidade do jogo e o papel de protagonista nas principais investidas.
Aos 35 minutos, o português recebeu de Di María e esteve pertíssimo do golo; aos 38, atirou à barra; e aos 45+1 combinou muito bem com João Mário para o remate deste a rasar o poste da baliza do Toulouse. Ou seja, muito Benfica, muito Rafa, mas nenhum golo.
De penálti para a vitória
A segunda parte começou com a mesma dinâmica da primeira: mais Benfica e um Toulouse sem capacidade para contrariar o favoritismo das águias. Ainda assim, Vincent Sierro obrigou Trubin à primeira defesa da partida, aos 55 minutos, ainda que sem grandes dificuldades para o guarda-redes ucraniano.
Aos 66, o árbitro foi chamado ao vídeo-árbitro (VAR) para descortinar uma mão na bola de Logan Costa e depois de ver as imagens não teve muitas dúvidas em apontar para a marca dos onze metros, onde Di María não acusou a pressão do momento e bateu Restes. Isto pouco depois das primeiras mudanças de Schmidt no jogo - Neres e Bah lançados para os lugares de Carreras e João Mário.
O golo confirmava e premiava o claro domínio do Benfica no jogo e esperava-se que, a partir desse momento, o emblema lisboeta não deixasse escapar a vantagem... e até ousasse dilatar ainda mais o resultado a seu favor. Pura ilusão.
Num lance muito confuso na área do Benfica, com péssimos alívios e algum desnorte da linha defensiva, o Toulouse foi bafejado pela sorte quando a bola pingou para os pés de Desler, que rematou com toda a confiança para um golo que gelou a Luz.
Após o 1-1, as águias tentaram a todo o custo voltar à vantagem, mas mostraram algumas carências do ponto de vista ofensivo, até que, quando já nada o fazia prever, Logan Costa pisou Marcos Leonardo na área do Toulouse e o árbitro não teve dúvidas em assinalar nova grande penalidade, nem para expulsar o internacional cabo-verdiano, por acumulação de amarelos.
Novamente encarregue da marcação do castigo máximo, Di María voltou a enganar Restes e selou o triunfo para os encarnados, para gáudio dos milhares presentes na Luz.
Melhor em campo Flashscore: Di María (SL Benfica)