Derrocada bracarense na Pedreira: Qarabag vence e fica a um passo dos oitavos
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Confirmaram-se as piores expectativas com a ausência do capitão Ricardo Horta dos convocados, devido a lesão. Por outro lado, Artur Jorge voltou a poder contar e apostou de início em Niakaté e Banza para dar resposta à goleada sofrida em Alvalade (5-0). Do outro lado, Matheus Silva, Juninho e Júlio Romão contam com passagens por Portugal.
E os bracarenses até entraram melhor na partida, assumindo a posse de bola para criar perigo através de Álvaro Djaló antes de Julio Romão, ex-Santa Clara, ter tirado o pão da boca a Abel Ruiz, que se preparava para inaugurar o marcador.
Abana, mas não cai
A história foi outra a partir dos 15 minutos, os arsenalistas ressentiram-se da falta da criatividade do capitão e permitiram o crescimento dos azeris, muito fortes na transição. Aos 19 minutos, Cafarquliyev furou junto à linha de fundo na grande área e foi derrubado por Victor Gómez. Chamado a converter, Jankovic não deu hipóteses de defesa a Matheus.
A reação tardou em aparecer, não havia fulgor nem criatividade no ataque e, na defesa, muito permeabilidade. Um sinal claro da crise existencial que não foi melhorada com a entrada de Banza no onze. O congolês, que esteve na CAN mas pouco jogou, parecia um peixe fora de água ao longo da primeira parte. Ainda assim, conseguiu apontar o seu primeiro golo na competição em cima do descanso, aproveitando uma recarga a cabeceamento de Niakaté num pontapé de canto para igualar a partida.
A partir daqui, os bracarenses entraram no seu melhor momento na partida, mas o apito para o descanso soou demasiado cedo para as pretensões de Artur Jorge.
A derrocada total
Tal como arranque da partida, voltou a ser o SC Braga a sair melhor dos balneários e novamente por um intermitente Álvaro Djaló a testar Lunev. Mas enquanto uns desperdiçavam, outros demonstravam eficácia. Com alguma sorte e polémica à mistura, Zoubir aproveitou um ressalto na barreira para contornar Matheus e devolver a vantagem, com pedidos de fora de jogo por parte do guarda-redes brasileiro.
Foi o início do fim da eliminatória - e de Artur Jorge(?). O técnico ainda tentou abanar a apatia com a entrada de Róger, mas não há muito que um miúdo possa fazer quando a defesa parece um coador. Numa transição rápida, Zoubir passou de marcador para servente e isolou Juninho com um passe entre os centrais para o avançado brasileiro, ex-Moreirense, rematar cruzado de pé esquerdo para aumentar a vantagem.
Se a frase acima lhe soar algo agressiva, o objetivo foi cumprido, porque o que faltou mesmo foi agressividade - e uma série de outras coisas. É que apenas três minutos depois, os azeris voltaram a marcar e pintaram contornos de goleada nas bancadas da Pedreira que não demoraram em demonstrar o seu desagrado: perda de bola a meio campo, ataque pela esquerda, cruzamento e o bis de Zoubir.
Tudo fácil, porque assim o permitiram, apesar dos melhores esforços de Paulo Oliveira em cima da linha de golo. Sem resposta para o que via dentro das quatro linhas, Artur Jorge ainda tentou salvar algo com as entradas de Cher Ndour e Joe Mendes.
Acabou por ser a irreverênica de Roger a dar alguma esperança, conquistando uma grande penalidade convertida de forma irrepreensível por João Moutinho, que mostrou que ainda sabe bater bem.
Ainda assim, a Pedreira experienciou novo calafrio nos últimos instantes, mas o avançado Akhundzade decidiu muito mal no frente a frente com Matheus.
Homem do jogo Flashscore: Abdellah Zoubir.