Em caso de emergência, siga o farol: Dybala salta do banco para arrasar o Feyenoord (4-1)
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As desavenças entre os dois clubes são conhecidas desde a final da Liga Conferência da época passada e o bate-bocas começou mesmo antes da primeira mão, com a UEFA a proibir adeptos visitantes nas duas partidas. A turma de Mourinho tinha que reverter a desvantagem pela margem mínima trazida dos Países Baixos (1-0).
Com Rui Patrício a titular, foram mesmo os gialorrossi a criar o primeiro lance de perigo, num remate de Bryan Cristante que saiu perto do poste, com Santiago Giménez a responder na pouco depois para grande intervenção do guardião português. Já depois da saída de Gini Wijnaldum devido a lesão, recuperado recentemente de uma paragem de longa duração, o banco da Roma entrou em ação e pelos piores motivos: Salvatore Foti, adjunto de Mourinho, viu Santiago Giménez a tentar retardar a entrada da bola em jogo e atingiu o avançado - associado ao Benfica - na face. Um episódio que exemplifica a rivalidade entre os dois emblemas.
Até ao intervalo, destaque para mais duas intervenções complicadas de Rui Patrício às tentativas de Kokcu e Giménez. Mourinho deve ter deixado as orelhas a arder aos seus pupilos, já que a Roma saiu do balneário focada em reentrar na eliminatória. Logo no recomeço, Bellotti desviou um cruzamento na pequena área que só não entrou graças a uma intervenção a meias entre o poste e Bijlow.
O empate na eliminatória acabaria por surgir num lance confuso, aos 60 minutos, com Spinazzola a aproveitar uma carambola dentro da área para armar um remate rasteiro, fora do alcance de Bijlow. Entusiasmaram-se os gialorrossi, empurrados pela bancada do Olímpico de Roma. Preocupado com o rumo dos acontecimentos, Arne Slot foi ao banco buscar Igor Paixão e Mourinho respondeu pouco depois com Dybala e Abraham a refrescarem a frente de ataque, mas a sorte acabaria por sorrir ao técnico neerlandês... pelo menos inicialmente.
Dois minutos depois de Cristante ter visto um golo anulado por falta de Abraham, a Roma desconcentrou-se e deu demasiado para Szymanski fazer o cruzamento e mais ainda a Igor Paixão que, no centro da área sem precisar de saltar, desviou ligeiramente de cabeça e bateu Patrício.
Mas Dybala, ainda visivelmente debilitado da coxa direita, brilhava como um farol no ataque romano e não faltaria muito até que uma ponta de magia virasse o jogo do avesso. Aos 89 minutos, Pellegrini passou de primeira para o argentino que, à meia volta, dominou de pé direito e fuzilou de pé esquerdo para levar o jogo para prolongamento. Muita classe do campeão mundial no momento da receção.
A etapa complementar começou com uma oportunidade clamorosa para o Feyenoord voltar à vantagem na eliminatória, mas Santiago Giménez não teve arte nem engenho para direcionar o remate de primeira à baliza. Na resposta, Dybala rematou de longe para defesa de Bijlow e, no canto, Roger Ibañez cabeceou ao ferro. O Olímpico estava ao rubro.
Empurrados pelo público e com maior frescura física e mental, o ataque romano voltou a fazer das suas e chegou à vantagem pela primeira vez na eliminatória, com uma bela jogada coletiva no último terço. Dybala passou para Pellegrini lançar Abraham sobre a direita, o inglês cruzou para a pequena área onde apareceu El Shaarawy a desviar para o fundo das redes.
Em vantagem no descanso do prolongamento, a Roma acabaria por arrumar com as contas da eliminatória em mais uma jogada com toque diferenciado de Dybala. O argentino iludiu a defesa descompensada com um passe de primeira para Abraham, o avançado rematou para defesa de Bijlow, mas, na recarga, Pelligrini fuzilou as redes da baliza e selou a passagem às meias-finais.
Homem do jogo Flashcore: Paulo Dybala (AS Roma).