Liga Europa: Águias somam sete apuramentos e várias epopeias após 14 empates caseiros
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Na última década e meia, os encarnados afastaram os franceses do Marselha (2009/10), os gregos do PAOK (2018/19) e os neerlandeses do Ajax (2021/22) após igualdades na Luz, como a que cederam na quinta-feira face aos escoceses do Rangers (2-2), na primeira mão dos oitavos de final da Liga Europa.
Em 2009/10, o brasileiro Alan Kardec foi o herói inesperado em Marselha, ao fazer o 2-1 aos 90 minutos, após 1-1 na Luz, nos oitavos da Liga Europa e, em 2018/19, o Benfica respondeu com um 4-1 em Salónica ao 1-1 da Luz, no play-off da Champions.
Também na principal prova europeia de clubes, os encarnados selaram em 2021/22 o apuramento para os quartos com uma vitória em Amesterdão por 1-0, selada pelo uruguaio Darwin Núñez, aos 77 minutos, depois do 2-2 perante o Ajax em Lisboa.
Com estes três apuramentos, o Benfica nivelou o balanço em duelo iniciados com empates caseiros, replicando o que havia feito face aos soviéticos do Torpedo Moscovo (1977/78), aos romenos do Universitatea Craiova (1982/83), aos ingleses do Arsenal (1991/92) e aos alemães do Bayer Leverkusen (1993/94).
A primeira qualificação foi conseguida de forma dramática, nas grandes penalidades, na primeira eliminatória da Taça dos Campeões Europeus de 1977/78.
Depois de 210 minutos sem golos, Bento foi decisivo, ao parar o pontapé de Iurine e apontar o definitivo 4-1, depois de Pietra, José Luís e Chalana também acertarem – Nikolov atirou ao lado e só Belenkov bateu o guarda-redes do Benfica.
Cinco anos volvidos, os encarnados qualificaram-se para a final da Taça UEFA numa meia-final iniciada com um nulo na Luz e que prosseguiu com um empate a um no reduto do Craiova, sendo decisivo o tento fora de Zoran Filipovic (53 minutos).
Em 1991/92, os encarnados escreveram nova página inesquecível, agora face ao Arsenal, com um triunfo por 3-1 no Highbury Park, após prolongamento, que valeu a presença na primeira fase de grupos da Taça dos Campeões.
Na transição para a Liga dos Campeões (só é contabilizada a partir de 1992/93), os comandados do sueco Sven-Goran Eriksson, que haviam empatado 1-1 em casa, estiveram a perder – marcou Colin Pates, aos 20 minutos -, mas agigantaram-se, com golos de Isaías (36 e 107) e Kulkov (100).
O duelo de 1993/94 com o Bayer Leverkusen é ainda mais marcante, pelo jogo na Alemanha, onde os encarnados estiveram a perder por 2-0, a vencer por 3-2, em desvantagem por 4-3, para, finalmente, selarem o 4-4 final e o apuramento, após o 1-1 da Luz.
Em 15 de março de 1994, num jogo louco, no Estádio Ulrich Haberland, o onze de Toni qualificou-se para as meias-finais da Taça das Taças, com golos de Abel Xavier (58 minutos), João Vieira Pinto (59) e do herói Kulkov (77 e 85).
Pelo Bayer Leverkusen, marcaram a Neno os internacionais germânicos Ulf Kirsten (24 e 80 minutos) e Bernd Schuster (58) e o checo Pavel Hapal (82).
Apesar das muitas histórias felizes, a balança está equilibrada, pois o Benfica caiu sete vezes após empates a abrir na Luz, quatro perante os colossos Bayern Munique (1975/76 e 1981/82), Inter Milão (2003/04) e Barcelona (2005/06).
Os outros conjuntos que eliminaram o Benfica nas suas casas depois de empatarem na Luz foram Ujpest (1973/74), Borussia Mönchengladbach (1978/79) e Bordéus (1986/87).
O encontro entre o Rangers e o Benfica, da segunda mão dos oitavos de final da Liga Europa, está marcado para quinta-feira, em Glasgow, a partir das 17:45.