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Sevilha-Juventus: Análise ao jogo da segunda mão das meias-finais da Liga Europa

Danilo em duelo aéreo com En Nesyri na primeira mão
Danilo em duelo aéreo com En Nesyri na primeira mãoAFP
Depois do empate a um golo na primeira mão, a Juventus desloca-se ao Sanchez Pizjuan, em Sevilha, para tentar conquistar um lugar na final. O Flashscore apresenta-lhe alguns números para interpretar melhor esta partida.

A Juventus chega a Sevilha com a obrigação de vencer, ou pelo menos passar a ronda, depois do empate (1-1) na primeira mão. É fundamental para os Bianconeri, de facto, tentar ganhar a Liga Europa, para além do sucesso prestigiante em si mesmo que pode salvar uma época, também para garantir um lugar na Liga dos Campeões do próximo ano, dada a penalização no campeonato pelo caso das mais-valias que pende como uma espada de Dâmocles, e cuja decisão final só será conhecida a 22 de maio.

Os bianconeri partem de bons auspícios, pretendidos tal como os latinos, se quisermos ver no golo de Gatti, aos 9o+7 minutos, uma adivinhação promissora de bons presságios. Um golo, aliás, que chegou depois de um episódio nem sequer muito duvidoso, de um penálti negado por falta sobre Rabiot. Do lado do árbitro, sem quaisquer conspirações, mas de um ponto de vista puramente estatístico, a Juventus também não pode sorrir desta vez, pois o polícia neerlandês Danny Makkellie, de 40 anos, na Liga Europa, já arbitrou a final de 2019/2020, onde o Sevilha venceu o Inter de Antonio Conte.

Nos outros jogos em que arbitrou os andaluzes, em 2017/2018, um empate (2-2) contra o Liverpool na fase de grupos da Champions e uma vitória por 2-1 nos oitavos de final contra o Manchester United, uma vitória decisiva para a passagem de fase. Em 2020/2021 veio uma derrota em casa frente ao Borussia Dortmund por 2-3, e a passagem aos oitavos de final. Menos sorte teve a Juventus, que nunca venceu com Makkiele: 2-2 fora contra o Atlético de Madrid em 2019/2020 e 0-2 em casa contra o Barcelona em 2020/2021.

Também do ponto de vista estatístico, a Juventus enfrentou o Sevilha quatro vezes, sempre na Liga dos Campeões e sempre na fase de grupos. Os Bianconeri ganharam duas, empataram e perderam uma. A vitória decisiva em 2016 no Sanchez Pizjuan foi um triunfo por 3-1 após um empate a zero na primeira mão, que permitiu à Juve de Allegri passar a ronda como primeira do grupo: Marchisio, Bonucci e Mandzukic anularam o golo de Pareja, com o Sevilha reduzido a dez homens após a expulsão de Vázquez aos 36 minutos.

Histórico do jogo entre Juventus e Sevilha
Histórico do jogo entre Juventus e SevilhaFlashscore

Até aqui, os números. Esta noite, no entanto, haverá mais: coração e técnica. Porque a taça ardente do Sanchez Pizjuan vai estar a aplaudir como o diabo e já foi decisiva para surpreender o Manchester United no jogo da segunda mão dos quartos de final. Por isso, será importante aguentar a pressão, com os espanhóis a tentarem tirar partido do calor dos seus adeptos. É difícil especular sobre a formação que Allegri vai apresentar em campo, já que o próprio treinador bianconeri disse em entrevista à Sky Sport que tem três dúvidas, uma na defesa e as outras no meio-campo e no ataque.

Na defesa, provavelmente a dúvida, dada a indisponibilidade de Bonucci, será entre Gatti e Alex Sandro, com Danilo e Bremer a terem lugar assegurado. No meio-campo é fácil especular que será entre Fagioli e Miretti, sendo que o primeiro parece estar em melhor forma que o segundo, depois do excelente jogo, temperado com golos, frente à Cremonese, mas que poderá ser inicialmente poupado por ter disputado o último jogo do campeonato. Na frente, a dúvida é Vlahovic, dado o último teste opaco contra os Lombardi, com Milik, mas também o próprio Kean, ausente há algum tempo, mas em excelente condição de acordo com Allegri, que poderia assumir o lugar. Dada como certa - e confirmada pelo treinador - a presença de Di María, com quem a Juventus conta para desbloquear a defesa andaluza com uma das suas jogadas, a outra dúvida poderá ser entre Chiesa e Kostic na esquerda, mas também o próprio Iling, que criou algumas dificuldades aos espanhóis quando entrou em campo na primeira mão em Turim.

Analisando o jogo da primeira mão, podemos ver como a Juventus sofreu especialmente pela esquerda nos tremendos minutos iniciais do Sevilha, do lado de Alex Sandro, com Lucas Ocampos - que passou como um meteoro pelo Génova e pelo AC Milan - a colocar o lateral brasileiro em sérias dificuldades, e que, se não tivesse tido de sair por lesão, teria certamente criado outras dores de cabeça à defesa bianconeri. Foi dele a assistência para o golo de En-Nesyri e foram dele as oportunidades mais perigosas dos espanhóis na primeira parte, incluindo um golo falhado frente a Szczęsny. Em suma, o lateral direito do Sevilha é um jogador a ter em atenção, porque também é evidente pelos números que é muito explorado pelos espanhóis.

Do outro lado. quem muitas vezes magoou a Juventus foi Marcos Acuna, que era suposto ser um ponto fraco da defesa andaluza. De facto, quando o lateral subia, Cuadrado quase nunca conseguia aproveitar, servindo Di Maria ou cortando para o meio para Vlahovic. Os desarmes do lateral e o seu jogo particularmente alto podem revelar-se uma chave de vitória para a Juventus, se conseguir aproveitar os espaços deixados para trás ao apanhar os espanhóis pela direita.

Posição alta de Acuna
Posição alta de AcunaStats Perform/Profimedia

É claro que, para isso, a Juventus terá de utilizar muito mais Di María, que foi mantido muito baixo e incisivo no jogo da primeira volta. O mapa de calor do astro argentino mostra que nunca foi colocado em posição de causar danos, sendo mais utilizado atrás do meio-campo do que na linha de três no ataque.

Di Maria utilizado atrás do meio-campo no jogo de ida
Di Maria utilizado atrás do meio-campo no jogo de idaStats Perform/AFP

Estas são algumas das situações tácticas vistas no jogo da primeira mão e que poderão repetir-se, esta noite, no jogo decisivo. Allegri disse na entrevista à Sky que tinha encontrado fraquezas no adversário que podiam ser exploradas. Veremos como vai colocar a equipa em campo. Do outro lado, Mendilibar confessou que estudou os Bianconeri durante muito tempo e compreendeu como contra-atacar, dando como certo que a posse de bola pertencerá à equipa de Allegri.

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