Treinador do Sevilha diz que a história “não ganha jogos” antes da Roma
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“Quando cheguei ao clube já tinham passado algumas eliminatórias, o mérito não é apenas meu. A história está aí e não mente, e o clube tem, sobretudo nos últimos 20 anos, sido a melhor equipa nesta competição”, declarou, em conferência de imprensa de antevisão do jogo, em Budapeste.
Mendilibar soma 15 jogos esta época, que começou com o ex-FC Porto Julen Lopetegui ao leme e ainda teve orientação do argentino Jorge Sampaoli, e a temporada foi o reflexo de como a equipa “mesmo estando mal chega a esta competição” e faz bons jogos.
“Estamos aqui porque merecemos, as duas equipas tiveram caminhos diferentes e para os dois será complicado vencer”, resumiu.
O técnico espanhol referiu-se aos elogios de José Mourinho, agradecendo-os, mas disse que “a história não ganha jogos e os elogios também não”, uma vez que se o Sevilha é recordista de troféus da prova, com seis, o português vai para a sexta final europeia da carreira e venceu as cinco anteriores.
“A Roma será o adversário mais difícil porque foi o que chegou à final. Sabemos como vamos jogar, também como eles vão jogar, e, nessa luta, veremos quem ganha. A nossa ideia é clara e não vamos mudar”, declarou.
Depois de eliminar Manchester United e Juventus, estes últimos carrascos do Sporting nos quartos, rejeita sentir “mais responsabilidade” e deixa o alerta de que se baterá com uma equipa “defensivamente muito forte que não precisa de muitas oportunidades para marcar”.
“É uma equipa muito difícil de enfrentar porque poucas vezes estão nervosos. Temos de ter a mesma tranquilidade. (...) Temos de estar tranquilos, equilibrados e atentos com a bola, para que nas perdas de bola não nos possam ferir”, explicou.
Se são favoritos ou não “é igual” para o treinador, que reforça a toada de “tranquilidade” como chave para o resultado final, até porque vai “dormir sem dificuldades” depois de um “arrepio” na primeira entrada no Puskás Arena.
A continuidade no clube sevilhano, com quem assinou “por três meses e meio”, não lhe tira esse descanso, porque está “a desfrutar do futebol” depois de recuperar o emblema do sul de Espanha na Liga espanhola e os colocar em nova final europeia.
“Vinha do desemprego e o meu contrato acaba no fim de junho. Tenho de ganhar a final e, depois, acabar LaLiga da melhor maneira. Depois vê-se”, atirou.
A final da Liga Europa da época 2022/23 está marcada para quarta-feira, na Puskas Arena, em Budapeste, com início às 20:00 (hora de Lisboa) e arbitragem do inglês Anthony Taylor.