Publicidade
Publicidade
Publicidade
Mais
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Vítor Bruno afasta pressão e fala sobre Martim, Mora e Navarro: "Merece cada cêntimo"

André Guerra
Atualizado
Vítor Bruno afasta rótulo de jogo decisivo
Vítor Bruno afasta rótulo de jogo decisivoLUSA
Leia abaixo as declarações do treinador do FC Porto, Vítor Bruno, na conferência de imprensa de antevisão à terceira jornada da Liga Europa frente ao Hoffenheim, na quinta-feira, às 20:00.

Acompanhe aqui as incidências do encontro

Hoffenheim marca em todos os jogos e sofre muito: "Tentamos procurar ao máximo o equilíbrio entre momentos ofensivos e defensivos, sermos robustos para não sermos apanhados em contra-pé quando perdemos a bola. O Hoffeinheim é uma equipa muito vertical, forte na transição. Queremos levar o jogo para onde queremos, tirar a bola a um adversário que não se sente cómodo quando tem de andar atrás dela. Depois, temos de evitar um erro a que nos treinadores recorremos, olhar para o plano estratégico e descurar o que é nosso. Não podemos desvirtuar o que é nosso, muito intensos, agressivos e um grande equilíbrio, vai ser esse o segredo".

Experiências na Taça de Portugal: "Fiz experiências na defesa e meio-campo, são jogos com realidades diferentes. Nada é comparável, cada jogo tem uma história diferente, o adversário de amanhã (quinta-feira) é muito diferente, não há grande coisa comparável, nem a nível estrutural. Resolvemos o jogo da Taça, agora queremos resolver o jogo de amanhã e vamos levar para o jogo o que melhor se adapta ao nosso adversário". 

Acompanhe o relato no site ou na app
Acompanhe o relato no site ou na appFlashscore

Favoritismo: "Quanto ao favoritismo na competição já falei e não volto a falar. Sobre o jogo, não somos favoritos a nada, somos candidatos a atacar o jogo como queremos. Há jogos com graus de dificuldade diferentes, não podemos embriagar-nos pela classificação atual na Bundesliga, há duas semanas estiveram a ganhar até ao último minuto perante uma equipa que ontem ganhou à Juventus em Turim (Estugarda). Isto é tudo muito relativo, podemos desvalorizar o que fazem a nível interno, mas estão numa fase ascendente e temos de estar atentos porque corremos o risco de perder o controlo. Somos candidatos a atacar o jogo, é isso".

Mudança nas dinâmicas com João Mário ou Martim Fernandes"Boa pergunta, porém não posso dizer tudo aqui porque posso dar sinais do que se vai passar amanhã. Mas depende muito do adversário e também de quem joga à frente do lateral, essa é uma condição importante. O Martim está a fazer o seu percurso, a crescer normalmente, até o João Mário o elogiou e disse que tinha um grande futuro pela frente, para mim é um sinal de unidade quando um colega de posição diz isto. Sentem a qualidade de quem têm ao lado que os obriga a competir ao mais alto nível. São tão importantes os que jogam de início como os que entram a partir do banco, às vezes o jogo pede que um comece para depois outro entrar no seu lugar. No último jogo, o Martim teve nuances que não tem levado tanto a jogo e sentimos que era uma boa altura para testar, o João Mário é mais vertical, é algo inato, oferecem coisas diferentes. Queremos que sintam as dificuldades que têm para tentar melhorá-los, com o João caminhamos num sentido, com o Martim caminhamos noutro". 

Posições das duas equipas na tabela da Liga Europa
Posições das duas equipas na tabela da Liga EuropaFlashscore

Trabalho durante a pausa internacional: "Não conhecemos outra palavra-chave que nos guie que não seja o trabalho diário, foi isso que fizemos durante 15 dias. Preparámos o Sintrense durante esse tempo, não o Hoffenheim, não fazemos isso. Nessas duas semanas, vi muito pouco do Hoffenheim, mas assim que acabou o jogo em Sintra, agarrei-me a esse jogo. Tivemos três dias de treino, amanhã temos outro".

Travar Kramaric: "Olhei para o Nico, não que tenhamos feito algo, mas porque ainda há pouco falamos de que ele pode não jogar. Olhar para o jogo tendo como plano de base o ataque a um jogador apenas é arriscado, porque ele pode não jogar também. Tentamos evitar ao máximo que isso aconteça, olhamos para nós, não descurando o adversário, percebendo como podemos explorar como defende, os perigos como ataca, há umas quantas nuances que podem ser diferentes, pode não jogar o Kramaric e jogar o Hlozek atrás dos avançados. Não podemos é fugir do que somos, pedi isso ao grupo hoje, que não se desviem e procurem adaptar, tentando tirar máximo partido do que o adversário está a oferecer".

Impacto na abordagem os seis golos sofridos e um ponto conquistado: "Não tem nenhum, sinceramente. Quem olha de fora vê um ponto, duas jornadas, é preciso escalar na classificação. O jogo com o United retratou muito o que somos, a nossa energia e como nos atiramos às situações adversas, mas é atacar o jogo como o mais importante de todos só por uma razão: porque é o próximo. Não há jogos de vida ou morte, não gosto de dramatismo, quero que os jogadores desfrutem, com responsabilidade e bravura. Eu peço isto diariamente, o Nico está aqui e pode jogar em vários posições, à frente ou atrás, pedimos coisas diferentes, mas inegociável é o compromisso total, bravura e atitude. Bastava olhar para o jogo do Bodo/Glimt e ver alguns comportamentos do Rodrigo Mora e depois comparar com o Arouca e perceber onde está a diferença. É muito giro ouvir que o Mora podia ter minutos aqui e ali, com o Gil Vicente, o Rio Ave e o Farense mas ele não estava na ficha de jogo em alguns desses jogos. As pessoas têm de ter cuidado com a forma como informam, o que me interessa é a atitude inegociável que têm de ter. É o mesmo com o Fábio Vieira neste último jogo a perder a bola contra o Sintrense e o André Franco a ajudar os centrais, isso é o que faz mais significado no futebol, ver jogadores que se ajudavam, que podem e devem errar, mas que o espaço para lidar com o erro é muito curto. Depois é atacar e resolver o problema".

Dúvidas quanto ao onze: "Criam-me dúvidas os centrais, da mesma forma que o Fábio Vieira também me deu dúvidas pelos sinais que foi dando - apesar de não estar em pleno depois da pancada que sofreu -, como deu o Ivan Jaime, como deu o Wendell no pouco tempo que esteve em campo, como o Fran Navarro - que merece cada cêntimo que aufere aqui no FC Porto. Todos eles me criam dúvidas, é isso que lhes peço, que compitam com adversários e eles próprios para me tornarem a vida difícil. Depois se joga o Djaló, o Neuhén, o Zé Pedro ou o Otávio depende de muita coisa, de como joga o adversário, de como queremos jogar. Dinâmicas há muitas, queremos dificultar a abordagem do adversário, sem nunca desvirtuar o que é nosso".