Vítor Bruno: "O resultado foi melhor que a exibição, mas o importante era ganhar"
Recorde aqui as incidências do encontro
Análise: "A primeira parte não foi aquilo que tínhamos planeado, queríamos ter o máximo de bola possível, fazê-los correr e dançar na largura, tivemos dificuldades a controlar. No final da primeira parte, soltamo-nos um pouco mais, o Francisco Moura conseguiu dar saída pelo corredor, tivemos outra dinâmica com bola. Pareceu-me um jogo dividido, jogava-se num meio campo ou no outro, equipas comprometidas defensivamente. Fizemos o golo a acabar a primeira parte numa bola parada e na segunda parte queríamos corrigir a organização defensiva e empurrar o adversário para o corredor direito deles. Tivemos uma preocupação excessiva para controlar a linha média, os avançados recuaram muito, os médios e defesas com receios nas costas... Se calhar foi culpa nossa pela mensagem que passamos. No geral, fiquei contente para atitude dos jogadores, pela vitória, não sofremos golos depois de seis sofridos. O resultado foi melhor que a exibição, mas hoje o importante era ganhar".
Segundo golo estabilizou: "A equipa sentiu-se mais cómoda e aliviada com o segundo golo, há sempre alguma tensão no ar e carga emocional. Os jogadores podem ter cravado na memória os golos sofridos na Liga Europa, às vezes querem meter um cadeado na baliza e refugiamo-nos demasiado atrás. Ao intervalo, a mensagem foi no sentido contrário, para se libertarem, mas mesmo assim tivemos dificuldades. O adversário, no meio de tudo isto, fez apenas um remate enquadrado, mas a partir do 2-0 a equipa ficou mais calma."
Leia aqui a crónica e veja os golos
Mexidas na equipa: "As cinco substituições é uma falsa questão, as equipas estão tão bem enquadradas com o adversário e bem encaixadas que um corpo estranho - não pela falta de qualidade - pode criar dificuldade para o que o jogo está a pedir. O Namaso e o Gonçalo (Borges) entraram bem, poderiam ter entrado mais cedo, o que me deram em poucos minutos deixou-me muito satisfeito porque se entregaram e travaram o adversário. O Samu, Pepê e Galeno foram fundamentais na ajuda ao Moura e ao Martim Fernandes".
Vitória importante antes de dois jogos fora: "Mantenho o mesmo pensamento. Não há jogos de vida ou morte, há jogos importantes e no FC Porto não há jogos que não são importantes. Estamos à terceira jornada, mesmo que tivessemos ganho os dois jogos anteriores, poderíamos perder os próximos cinco. Era importante pelo passado recente e, sobretudo, pelo que aconteceu com o Manchester United, estivemos perto de fazer o impossível depois de estar a perder por 0-2, foram fabulosos, viraram o jogo e no minuto final deixaram-se empatar. Isso fica sempre gravado na memória dos jogadores".
Fase de grupos complicada: "Ninguém tem nada como adquirido, à mínima falha qualquer equipa pode ficar para trás, seja na Liga Europa, Liga dos Campeões ou Conferência. É um formato que nos obriga a roçar a perfeição, não nos podemos distrair, temos de andar em alta rotação e cada jogo é uma oportunidade para ganhar".