Vítor Bruno: "Só conheço uma pessoa que fez a vida a dar passos para trás, que foi o Michael Jackson"
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Aprendizagem após o Bodo/Glimt: "Cada jogo tem a sua especificidade. São adversários diferentes, que oferecem diferentes problemas. Na Noruega cometemos vários erros que não podíamos cometer e corrigimos muita coisa contra o Arouca. Estes jogos de nível europeu têm alto nível de complexidade e obrigam-nos a roçar a perfeição. Quando resolvemos um problema aparece logo outro a seguir, porque é tudo muito intenso. Será um jogo com um alto nível de exigência".
Avaliação do Manchester United: ""Ouvi muita gente dizer que eles vinham com a 'corda ao pescoço'. Quem tem a 'corda ao pescoço' somos nós, porque estamos atrás do Manchester United no objetivo de chegar à qualificação. Temos a oportunidade amanhã de chegar pelo menos aos lugares de play-off e de seguirmos o nosso caminho".
Fragilidades do Manchester United: "Isso seria muito pouco inteligente da nossa parte. É fácil descodificar a equipa do Manchester United e descobrir quem está do lado de lá. Quem quiser contar uma história diferente estar a contar uma narrativa que não corresponde à verdade. É um clube que, se puxarmos a cassete atrás, esteve a minutos de bater aquele que para muitos é o melhor clube do mundo neste momento, o Manchester City, e se isso aconteceria seria um 'super Manchester United'. Isso não se perde de um momento para o outro. Temos de estar muito alertas amanhã e com alto sentido de responsabilidade. Será difícil, mas queremos muito ganhar".
Empate seria bom resultado? "Aqui não há empates. Isso é uma falsa questão. Temos um grande sentido de exigência, sempre para ganhar. O Ten Hag dizia que tem acabado sempre com títulos… Eles podem não estar a passar pelo melhor momento, refiro-me ao jogo anterior, mas temos de estar muito alerta e ter a mentalidade certa, ser muito humildes, sabendo que nesta casa só se pode pensar em ganhar."
Melhor equipa para um jogo-chave? "Todos os jogos são chave no FC Porto."
Mensagens de contestação: "A mim não me apetece dizer nada, não comando o que passa na cabeça das pessoas. Houve mais paredes para mim do que para o presidente… Isto é para andar para a frente, isto é para quem tem andamento. Só conheço uma pessoa que fez a vida e que foi amplamente elogiado por dar passos para trás, que foi o Michael Jackson. Eu não sou cantor e não tenho jeito para dançar. Posso não ser um grande treinador, mas sou melhor que um cantor ou um dançarino. Olhar em frente e fazer o FC Porto ganhar, no final do ano fazer contas. A partir daí é o que é. Há entregas da Glovo que aparecem de forma mais célere ainda do aquilo que aconteceu aqui."
Quem quer fazer mal ao FC Porto? "Não sei. Não faz parte da minha cabeça, não sei quem tem essa intencionalidade. Se alguém quiser assumir..."
Evolução na carreira em 20 anos: "Em 2004 penso que estava no meu último ano de faculdade e jogava futebol em simultâneo. Pelo facto de jogar futebol já pensava que podia seguir esta carreira porque percebi que o meu caminho como jogador podia não ser o que ambicionei como jogador. Em 2009 tive a primeira experiência em Portugal, como adjunto do Augusto Inácio no Naval, mas não sabia o que ia ser o meu futuro. Se expectava estar aqui nesta condição neste momento, não. As coisas aconteceram porque tinham de acontecer. Sinto-me feliz e orgulhoso de estar aqui mas o maior é orgulho é ver os jogadores a seguirem à risca o que é pedido. O jogo de amanhã é mais um momento para podermos meter o nome do FC Porto na Europa e deixar uma marca forte".
Razões para a derrota na Noruega: "Após o jogo da Noruega vimos no balneário o numero de faltas cometidas, que é um indicador fortíssimo. É sempre um sinal muito forte, tudo o que for duelos, tudo o que for ganho estaremos sempre mais fortes de vencer o jogo, seja contra quem for. Quando assim é estaremos sempre mais perto de vencer."
Momento do Manchester United é vantagem para o FC Porto? "Pelo contrário. O Manchester United neste momento está em posição de playoff, somos nós que temos de dar ao chinelo, somos nós que temos de andar. Não dar nada como garantido e estaremos sempre alerta amanhã, com a vontade de levar a jogo o que é nosso, sem adulterar o que somos."
Preparação para este jogo: "Não houve nenhum cuidado. Fizemos o que fazemos sempre. Analisamos o jogo do Arouca, tentamos fazer o transfer em alguns momentos do jogo. Não alteramos o que fazemos para outros, com Rio Ave, Gil… Olhamos para eles de forma detalhada."
Pressão sobre Ten Hag: "Eu também. Não o conheci ainda, mas gostava muito de o conhecer. Se ele quiser, amanhã, o meu balneário está aberto.
Momento difícil de Ten Hag? "Se perceber aqui as notícias em Portugal, após uma derrota está praticamente morto."
Críticas a Bruno Fernandes: "É um internacional, é sempre um jogador de qualidade. Ele também foi jogador do Sporting, então tenho a certeza que irá querer ter um grande desempenho amanhã. A forma como foi expulso no último jogo, penso que não foi razoável. Ele é jogador muito muito bom, teremos de tentar controlá-lo, não o deixar jogar da forma que gosta e estar sempre preparados para tentar limitar o seu estilo de jogo. Não podemos dar-lhe espaço."