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Nahuel Guzmán foi alvo de insultos homofóbicos por adeptas, no Dia Internacional da Mulher

Miguel Baeza
Nahuel Guzmán, guarda-redes do Tigres
Nahuel Guzmán, guarda-redes do TigresAFP
O Club América, do México, reservou uma secção das suas bancadas para oferecer bilhetes duplos às mulheres adeptas da equipa, para assinalar o Dia Internacional da Mulher, celebrado a 8 de março em muitas partes do mundo.

"Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, convidamos especialmente as mulheres a inscreverem-se para ganhar um ingresso duplo para o nosso jogo contra o Tigres", anunciou o clube da Cidade do México alguns dias antes da partida.

Infelizmente, a ativação bem sucedida transformou-se num embaraço, quando algumas das adeptas da secção feminina começaram a entoar cânticos homofóbicos na direção do guarda-redes do Tigres, Nahuel Guzmán.

"Deixem-nas vir vê-lo, deixem-nas vir vê-lo! Isso não é um guarda-redes, é uma prostituta de cabaré", ouviam-se nas vozes de uma grande maioria das mulheres atrás da baliza defendida pelo guarda-redes mexicano.

O guarda-redes não acreditava no que estava a ouvir e foi isso mesmo que disse ao repórter da TUDN Gibran Araige, no relvado.

"Muito engraçado, estamos a enviar uma mensagem de igualdade e todo o coletivo feminino está a gritar homofobicamente. Não acham que é um pouco imprudente?", questionou.

América respondeu

"Assim como o clube se queixou e pediu uma investigação sobre as ações discriminatórias contra o nosso jogador, Julián Quiñones, no jogo realizado na quarta-feira em Guadalajara (contra o Chivas), agora pedimos, em congruência, que a Liga MX investigue o que aconteceu no Estádio Azteca por pessoas que não fazem parte da claque do América", afirmou o Club América em comunicado.

"Reafirmamos o nosso compromisso de trabalhar permanentemente com a Liga MX para implementar ações que erradiquem qualquer tipo de discriminação do nosso futebol. Também aproveitamos esta oportunidade para lembrar aos adeptos que o desporto deve ser um espaço de entretenimento saudável, onde não há lugar para atos discriminatórios ou qualquer tipo de violência", concluiu o clube com sede na Cidade do México.