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Oficial: Castro é o novo capitão da equipa B do FC Porto

André Castro com a braçadeira de capitão do FC Porto B
André Castro com a braçadeira de capitão do FC Porto BFC Porto
André Castro, médio português de 36 anos, está de regresso ao FC Porto, clube onde se formou e estreou como sénior, agora para ser capitão da equipa B. Depois de ter rescindido com o Moreirense, foi esta sexta-feira oficializado nos dragões.

André Castro é o sexto reforço da equipa B do FC Porto, após os ingressos de Kaio Henrique, Domingos Andrade, Felipe Silva, Brayan Caicedo e Ángel Alarcón.

Depois de ter rescindido com o Moreirense, o médio de 36 anos assinou um contrato válido por uma temporada e será o capitão dos "bês" em 2024/25, dando continuidade ao legado da camisola 2, utilizada por lendas que também envergaram a braçadeira, como Jorge Costa e João Pinto.

O portista, que já tinha o nome de família ligado à história azul e branca - o bisavô, Francisco Castro, pertenceu à primeira equipa campeã nacional em 1934/35 - deu os primeiros passos futebolísticos no Gondomar antes de ingressar nas escolinhas azuis e brancas no início do século, com apenas 12 anos.

Fez por merecer minutos em todos os escalões jovens do clube e concretizou o sonho de debutar como sénior pela equipa principal a 2 de fevereiro de 2008. Estavam decorridos 79 minutos da 18.ª jornada, no Estádio do Dragão quando Jesualdo Ferreira lançou o jovem de apenas 19 anos para ajudar a garantir um triunfo por 4-0 frente à União de Leiria. Nesse ano, André Castro realizou três jogos ao mais alto nível e sagrou-se campeão nacional.

Seguiram-se dois anos de empréstimo à Olhanense com mais troféus à mistura. Aos 35 jogos e dois golos que valeram a conquista da segunda liga, sucederam-se mais 29 partidas e seis remates certeiros. O regresso à Invicta durou apenas meio ano, mas foi profícuo: participou nas conquistas do campeonato, da Taça de Portugal e da Liga Europa em 2010/11 e ainda envergou a braçadeira dos Dragões antes de ser cedido ao Sporting de Gijón no mercado de Inverno.

Por Espanha ficou até 2012, ano em que Vítor Pereira o convidou a voltar a vestir o equipamento preferido. Atuou em 25 ocasiões, marcou o único golo de Dragão ao peito e fez três assistências, o contributo necessário para acrescentar uma Supertaça e mais um campeonato ao palmarés.

Sete anos na Turquia, quatro deles no Kasimpasa e três no Goztepe, moldaram a carreira do médio que voltou ao país natal para representar o SC Braga, em 2020. Venceu a Taça de Portugal no final dessa primeira temporada e permaneceu na Pedreira até janeiro deste ano.

A experiência na primeira liga ganhou mais um capítulo com as cores do Moreirense, o último antes deste regresso às origens.

Os números de Castro
Os números de CastroFlashscore

Um sonho tornado realidade: “A sensação é incrível. Continua a ficar-me bem esta camisola. Estou muito feliz. É um dos dias mais felizes da minha carreira por poder chegar aqui, é um sonho concretizado. Sempre me imaginei a regressar e ver que as pessoas sentem aquilo que sinto é incrível, sem palavras.”

A missão no regresso: “É na altura certa, era quando quisessem. Esteve para ser antes, foi agora, aconteceu quando tinha que ser. Estou orgulhoso acima de tudo. Foi tudo muito rápido. Até comentei com alguns amigos que tive um pensamento há uns dias: fui campeão com o presidente André Villas-Boas no FC Porto, campeão na Olhanense com o Jorge Costa, campeão com o pai do João Brandão, campeão de juniores e seniores com o Paulinho Santos, campeão com o José Mário e agora volto para junto dos campeões. O que mais quero é passar a mensagem de que ser campeão é muito bom, mas tem que se trabalhar muito. Quero muito ajudar a formar mais campeões através da atitude, do ser bom, leal e correto, é o mais importante. Sempre fui correto e tenho agora esta oportunidade de ouro de viver muitos reencontros. Chego a casa e a família está quase toda cá.”

André Villas-Boas e Jorge Costa não hesitaram: “Percebi que havia a possibilidade de sair do Moreirense. Falou-se de muitos clubes da primeira e segunda divisão, mas eu para sair queria vir para aqui. Não quis ligar ao Jorge Costa ou ao André Villas-Boas porque não os queria fazer sentir que estava a pedir alguma coisa. Só queria que eles soubessem que havia a possibilidade de eu sair livre. Passado cinco minutos, liga-me o Jorge Costa e também tenho mensagem do presidente. Num minuto, decidiram que sim. É muito bom.”

Capitão desde sempre: “Muito contente. É um orgulho. Quero que me vejam como um exemplo através daquilo que faço. Era o capitão dos apanha-bolas no Estádio das Antas, tinha que ir buscar as bolas ao campo de trás, onde eles aqueciam. Era uma grande responsabilidade, não podiam faltar bolas. O tempo era outro e já havia muita exigência. O André Villas-Boas nomeou-me capitão, não sei que idade tinha, 21 ou 22 anos, num plantel cheio de craques. Era um dos cinco capitães. É bonito.”

Uma influência positiva para o ouro da casa: “Quero que me vejam como mais um para ajudar, que me sintam como um bom colega de equipa. Quero ajudar através do trabalho. As coisas parecem fáceis, o futebol está mudado nas camadas jovens, e quero transmitir que para chegar longe é preciso fazer muita coisas todos os dias. Através do meu trabalho que está para trás, porque nunca me foi dado nada, sempre através do trabalho e da humildade e quero transmitir isso para os mais novos. Quero deixar as melhores memórias possíveis. Acima de tudo, demonstrar que vou ser uma influência positiva tal como imaginam que eu posso ser capaz.”

As memórias de azul e branco: “Tenho muitas memórias. Desde a minha namorada, que é agora minha mulher, a ir ver os meus jogos, os meus pais, o meu avô a fazer todo o corredor, devia ficar cansado. É tanta coisa que não consigo encaixar tudo.”

A ansiedade caraterística de um portista: “Estou muito ansioso por ver os adeptos, vir ao estádio ver os jogos da equipa A e vê-los no Olival a ajudar os mais novos.”