Tal pai, tal filho: Sérgio Conceição segura Feirense e condena Lourosa à Liga 3 (3-0)
Recorde as incidências da partida
Ninguém quis perder este jogo. Ninguém mesmo. Do mais novo ao mais velho, daquele que nunca jogou ao futebol ao que vai estar no Euro-2024. Nem Rúben Neves, internacional português, falhou a partida decisiva entre Feirense e Lusitânia de Lourosa na luta por uma presença na Liga 2 na próxima temporada.
Em ano de centenário, o Lusitânia procurava o acesso histórico aos campeonatos profissionais e fez a curta deslocação ao Marcolino de Castro a contar com a vantagem alcançada na primeira mão do play-off de subida.
Talvez tenha sido essa motivação a fazer com que a equipa visitante entrasse melhor no dérbi mais importante da história dos dois clubes. João Costa segurou o cabeceamento de Zakpa, impedindo os festejos do mais ilustre dos adeptos presente na bancada.
Mas o Feirense não quis receber a festa do rival em casa. Num estádio muito bem composto, ambiente que faltou ao longo da época em Santa Maria da Feira, a equipa de Lito Vidigal não tardou a empatar o play-off.
O nome também é famoso, embora não tanto como o do pai, homónimo de Sérgio Conceição, fiho do treinador do FC Porto que arrancou uma grande exibição com o golo (15 minutos) que deixou tudo na mesma. O lateral desmarcou-se e conseguiu isolar-se para um remate de primeira. Está no sangue.
Atingido o primeiro objetivo, o Feirense encarou o jogo com maior tranquilidade, mas foi sempre a melhor equipa. Em sofrimento, o Lusitânia só ameaçou por Zakpa, novamente de cabeça, mas os fogaceiros mostraram uma dinâmica ofensiva pouco habitual esta época, com Sérgio Conceição a funcionar sempre como a fonte da energia do Feirense.
Após uma reta final de primeiro tempo acidentada, o lateral voltou a entrar com tudo e assumiu sem hesitar o estatuto de ator principal, acabando por ser travado pelo poste depois de driblar dois adversários (51').
Com mais de meia hora para jogar, o dia ainda ia longo e Sérgio Conceição tinha mais para dar, mesmo que tivesse obrigado o jogo a uma curta paragem por questões físicas.
Ainda com pernas para fazer a diferença, o lateral assumiu as responsabilidades e, após detetada mão de Marcos Valente, bateu o penálti (82 minutos) que manteve o Feirense na Liga 2 e condenou o Lusitânia de Lourosa a passar o centenário na Liga 3.
Se ainda restavam dúvidas, o autogolo de Henrique Martins (89 minutos), após livre cobrado por Sérgio Conceição, foi o golpe final para Rúben Neves e companhia.