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Um "maduro e feliz" Benny diz que o líder AVS está vacinado contra euforias

LUSA c/André Guerra
Benny diz que o líder AVS está vacinado contra euforias
Benny diz que o líder AVS está vacinado contra euforias@AFSviladasaves
O médio Benny assegurou esta segunda-feira que ninguém no AVS se deixou iludir pela liderança isolada da Liga 2, explicando que “os jogadores mais velhos e experientes travam quaisquer euforias” no balneário.

Sem deixar de reconhecer que esta paragem será positiva para aprimorarmos os aspetos negativos, que também existem, acho que, se mantivemos os níveis que temos apresentado, o futuro será risonho. Mas os mais velhos, pela sua experiência e pelos valores que transmitem, num apelo claro à união, não deixam que ninguém se ponha em bicos de pés. Isto é jogo a jogo e no fim fazem-se as contas”, disse Benny, em declarações à agência Lusa.

Para o futebolista, de 25 anos, o “grupo forte” e a ausência de um clima de ansiedade relativamente aos resultados corroboram esta ideia, num registo pensado jogo a jogo, independentemente dos quatro pontos atuais de vantagem sobre os concorrentes diretos.

Internamente sabemos que temos uma equipa muito competitiva e com uma ambição grande, mas também temos a humildade suficiente para não criarmos um clima de ansiedade em relação aos resultados. O objetivo é semanal, jogo a jogo, e esta vai ser sempre a nossa mentalidade até ao fim”, sublinhou.

Subjacente a este pensamento está “um grupo unido”, a partir da “base que transitou da época passada, importante no acolhimento dos novos jogadores”, o que, na opinião de Benny, passa ainda por um “balneário alegre e bem-disposto”.

Sabemos quando é para trabalhar, mas, também, o bom ambiente ajuda muito. O Fernando Fonseca é um dos principais impulsionadores das palhaçadas, mas também eu, o Luís (Silva), o próprio (Edson) Farias e o Anthony (Correia) damos o nosso contributo para o bom ambiente no balneário”, referiu.

Benny relativizou a pressão criada pela liderança isolada do AVS ao fim de sete jornadas, insistindo antes na ideia de “um respeito extra” dos adversários, sejam eles candidatos à subida ou não.

Não posso falar em pressão por estarmos no topo da tabela, porque o nosso foco não é esse. Sentimos um respeito extra, sim, mas preparamos cada jogo com a nossa estratégia. Pelo seu percurso, vejo o Marítimo e o Santa Clara como potenciais candidatos à subida, seguindo a ideia de que, quem desce, quer subir no ano a seguir”, concluiu.

"Mais maduro” e “feliz” por relançar carreira no AVS

Assumindo a responsabilidade que advém de ter sido eleito o melhor médio da Liga 2 nos meses de agosto e setembro, Benny prometeu trabalhar para perseguir “consistência” e “estabilidade”.

É sempre gratificante sermos reconhecidos pelos nossos pares, mesmo sabendo que este prémio individual só é possível pelo desempenho coletivo. Acarreta grande responsabilidade, mas também não me sobe à cabeça. Já tenho maturidade suficiente para perceber que o futebol é o momento, e é para alcançar consistência e estabilidade que trabalho”, continuou.

Benny é alcunha de Bernardo Martins e “o nome foi adotado há dois anos”, sem grande história, sucedendo ao colega de equipa no Desportivo de Chaves e, na altura, de partida para o Chipre.

Já tinha pensado em adotar a alcunha Benny desde o início da carreira, mas não se proporcionou. É um diminutivo, não tem explicação ou grande história por trás, mas quando aconteceu, há dois anos, liguei ao outro Benny (hoje no Torreense) e disse que ele ia sair do país, mas eu ia adotar e manter o nome”, contou, sem esconder um sorriso.

O futebolista, de 25 anos, já passou pela Liga Portugal, ao serviço do Paços de Ferreira, em 2019/20, clube seguinte à passagem pelo Benfica B, sem conseguir em nenhuma das experiências confirmar as expectativas do próprio.

Não estou hoje no patamar que pensava estar, mas não me posso queixar. Assumo ter cometido alguns erros, também houve alguns fatores externos, mas, felizmente, consegui dar a volta à situação e ganhei maturidade para relançar a minha carreira. Sinto-me um privilegiado por estar neste clube e as coisas estarem a correr tão bem”, confessou Benny.

O FC Porto foi a primeira equipa do futebolista, tendo carregado a camisola 10, como se vê melhor em campo, tendo como incentivo o último passe, moldado a oito no esquema atual do AVS e à procura de melhorar o registo de golos.

Sou hoje uma espécie de box-to-box, um médio com apetência ofensiva. O golo, já se sabe, é o que determina o sucesso ou insucesso. Tenho melhorado este registo, procurando equilibrar os números (contabiliza até ao momento dois golos e uma assistência)”, referiu.

Triste por ter passado ao lado das seleções – ainda sonha representar Portugal, falhada a estreia nos sub-21 após afastamento da equipa da fase final do Europeu da categoria –, Benny revela preocupação com a falta de acompanhamento e preparação dos jovens futebolistas, especialmente dos clubes grandes, pelas “grandes expectativas de carreiras” que, em muitos casos, nem chegam a acontecer.

Hoje estou focado no AVS, não escondendo a ambição de voltar à Liga Portugal, de preferência neste clube. Temos de agradecer às pessoas da Vila (das Aves), por nos terem recebido tão bem e nos apoiarem em todos os momentos”, concluiu.