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A conferência de Roger Schmidt: "Não foi o árbitro que decidiu o jogo, a decisão foi tomada em campo"

Mário Rui Ventura
Roger Schmidt, treinador do Benfica
Roger Schmidt, treinador do BenficaAFP
Já depois de, na flash-interview da BTV, ter assumido a palestra que deu aos jogadores ao intervalo, Roger Schmidt marcou presença na sala de imprensa do Estádio da Luz para dissecar a vitória por 1-0 diante do FC Porto, na 7.ª jornada da Liga.

Qual a importância deste resultado? "O mais importante é que ganhámos. Foi um jogo especial. Não fiquei 100% satisfeito na primeira parte parte, mesmo depois do cartão vermelho. Não jogámos com a velocidade com que costumamos jogar. Ao intervalo falámos sobre algumas coisas e depois jogámos com mais movimentações e intensidade. Claro que é preciso ter cuidado com o 0-0, é preciso estarmos atentos a contra-ataques, bolas paradas. A minha equipa esteve concentrada, disciplinada, e tivemos paciência para esperar pelos momentos certos. Marcámos e depois defendemos bem. Foi uma vitória muito importante".

Como descreve a exibição de João Neves? "Não preciso de descrever, acho que toda a gente vê o quão feliz é a jogar futebol. Acho que está a evoluir muito rapidamente. Está na primeira equipa há meio ano, mas evolui quase todos os dias. Está a fazer as coisas cada vez melhor, a ter cada vez mais responsabilidade e tem tudo o que precisa. Não é o jogador mais alto que há, mas como viram ganhou muitos duelos também no ar. É muito inteligente com bola, muito bom com ela, disciplinado e motivado. É um jogador muito completo e estou muito feliz que esteja connosco".

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O que achou da arbitragem? "É difícil dar uma nota ao árbitro. Não vi ainda o momento do cartão vermelho, mas se é falta tem de ser cartão vermelho. Mesmo a segunda, sobre o Rafa, também é próxima de cartão vermelho. Estes jogos não são fáceis para os árbitros. Não foi o árbitro que decidiu o jogo, a decisão foi tomada em campo (pelos jogadores)."

Falou com Sérgio Conceição? "Apertámos a mão e ele deu-me os parabéns pela vitória, foi isso."

Invencibilidade em casa: "Acho que é algo importante. Vencemos já o FC Porto duas vezes, mas não em casa. Para os nossos adeptos isto foi muito importante. Puxaram muito por nós. No fim da última temporada perdemos contra eles aqui em casa e isso marcou-nos. Claro que hoje queríamos que fosse diferente e é por isso que estou muito feliz, não só pelo que isso significou para o Benfica mas também para os adeptos".

Dupla Neres e Di María: "Todos os jogadores são opções, temos de encontrar o onze ideal e o equilíbrio. O Neres esteve muito bem contra o Portimonense e mereceu a oportunidade. Claro que a forma em que estão é decisiva. O João Mário jogou quase sempre desde que cá estou, e acho que precisava de descansar um pouco. Temos muitas opções e todos os jogadores são importantes. É assim que tentamos trabalhar, para que todos tenham as mesmas oportunidades. Na minha opinião, especialmente na 2.ª parte, acho que eles (Di María e Neres) estiveram muito bem".

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Dificuldades contra 10 jogadores: "Já era difícil contra 11 também. Acho que não fomos bons com posse, não nos movimentámos o suficiente, não circulámos a bola bem nem com velocidade. Mas tivemos momentos bons. No final das contas, a 2.ª parte foi diferente. Fizemos tudo de maneira mais intensa, com mais velocidade, com mais atenção e alegria. Não foi 100% à Benfica, mas voltámos na 2.ª parte".

Exibição de Trubin: "Foi muito importante para ele não sofrer golos neste jogo. Não teve muitos problemas, mas mostrou muita confiança e esteve muito concentrado e disciplinado. Como sabemos, o início contra o Salzburgo não foi perfeito, e agora é muito importante que ganhe confiança. Não temos dúvidas da sua qualidade".

O que representa esta vitória para o campeonato: "É só um jogo, mas claro que ganhar os duelos diretos contra rivais é importante. Não é fácil bater o FC Porto. Não perdem muitos jogos. Se conseguimos ganhar contra eles, significa três pontos, mas também significa que conseguimos vencer uma equipa que não perde muitos jogos. É bom para a nossa confiança, mas no final de contas são só três pontos".