Recorde aqui as incidências do encontro
O carrossel exibicional dos bracarenses recebeu um grande teste este domingo, com Artur Jorge a lançar Saatci e Pizzi no onze, em detrimento de Niakaté e Zalazar. Ainda envolvidos na luta pela qualificação para a Liga dos Campeões depois do empate com o Union Berlim (1-1), os arsenalistas não se podiam atrasar também no comboio dos líderes.
A atravessar o melhor momento da época, o Estoril de Vasco Seabra chegava à Pedreira depois de três triunfos consecutivos em todas as competições, incluindo uma vitória no Dragão (0-1).
Surpresa só para quem não vê
O SC Braga até entrou melhor, mas voltou a ser desiludido pela falta de assertividade na finalização, uma cruz carregada pelos gverreiros ao longo das últimas épocas, com Banza e Djaló a perderem as respetivas oportunidades. A equipa da Linha, organizada e destemida, acabaria por se colocar na frente do marcador, numa bela jogada coletiva e beneficiando da desatenção defensiva.
Atraindo a pressão bracarense, Holsgrove recebeu no miolo com muito tempo, espaços e opções para decidir o que fazer. José Fonte distraiu-se e continuou a recuar, colocando todos os adversários em jogo, e Holsgrove, com um excelente passe a rasgar toda a linha, isolou Guitane que atirou a contar à saída de Matheus.
A lenda que continua a fazer história
O capitão e melhor marcador de sempre, Ricardo Horta, celebrou mais um feito histórico ao tornar-se no segundo jogador com mais jogos realizados ao serviço dos arsenalistas. Como tal, sempre que é dia de festa, tem o hábito de oferecer prendas aos adeptos. Nem 10 minutos tinham passado, quando o extremo recebeu um passe delicioso do calcanhar de Pizzi para disparar rasteiro e empatar a partida.
Ainda antes do intervalo, ficou a centímetros de assinar a reviravolta com um belo golo depois de um erro de Marcelo Carné.
À terceira foi de vez
As estatísticas demonstravam um domínio claro dos anfitriões e a toada manteve-se no reatamento. Álvaro Djaló, que tem sido a figura-maior desta época, esteve em dia não ao desperdiçar um lance claro de golo, na pequena área. O extremo bem pode agradecer ao companheiro Banza que, logo de seguida, aproveitou o cruzamento de Victor Gómez para assinar a reviravolta, num lance de insistência na pequena área.
André Horta foi a jogo e continuou o desperdício em frente à baliza adversária. Por duas vezes, o médio recém-entrado tentou visar a baliza adversária quando podia ter oferecido o golo da tranquilidade a um dos companheiros. Pelo meio, Marcelo Carné brilhou ao fazer a mancha a Victor Gómez.
Vasco Seabra também tentou descobrir soluções no banco de suplentes: na melhor oportunidade da sua equipa na segunda parte, Heriberto rematou em posição promissora para a Pedreira. O SC Braga continuava a visar a baliza adversária, mas o remate de Bruma saiu a centímetros da baliza e o de de Rony Lopes foi travado por Carné.
A sorte que protege os audazes
Ainda assim, os anfitriões já justificavam mais um golo e acabarem o jogo de forma tranquila. Ora foi isso que aconteceu, mas não da forma mais expectável. Imaculado ao longo do encontro, Marcelo Carné teve um momento para esquecer quando o remate rasteiro de Victor Gómez lhe passou por baixo do corpo, foi ao poste e às suas costas, ultrapassando caprichosamente a linha.
O tento acabou por ser atribuído ao guardião, no entanto não anula a boa exibição do lateral espanhol e da turma de Artur Jorge.
Homem do jogo Flashscore: Ricardo Horta (SC Braga).