Adán e a saída do Sporting: "É uma pena, mas fico com o positivo, quatro anos muito bons"
"Já estou recuperado a 100%. Foi uma lesão complicada, estive algum tempo parado, não terminei a competir, mas tenho de recuperar bem e agora trabalhar no verão para estar a 100%", afirmou Antonio Adán, que ficou a dois jogos oficiais de renovar, automaticamente, com o Sporting.
"Não posso fazer outra coisa. Estou tremendamente agradecido ao Sporting, ao míster, ao presidente e a todos os elementos do clube pelo período que tive no Sporting. É bom ficar com o positivo, que são os títulos, os êxitos, a continuidade que tive e o número de jogos que disputei. As lesões nunca chegam num momento adequado, aconteceu assim. Mas tenho de guardar o positivo, olhar para o futuro e há coisas que não posso controlar, que são as decisões dos outros. O objetivo é recuperar e estar a 100%", assegurou Antonio Adán.
"Houve uma conversa pouco depois de me lesionar. Também devido à incerteza sobre a continuidade do treinador, não se sabia se iria continuar. Quando a equipa foi campeã, já não tinha hipóteses de disputar qualquer jogo e comunicaram-me a decisão. Aceitei com toda a normalidade, as coisas no futebol são assim. É uma pena, mas fico com o positivo que foram quatro anos muito bons e super agradecido com tudo o que vivi ali", acrescentou o guarda-redes espanhol, recordando a etapa vivida em Alvalade.
"A caminhada foi positiva, sobretudo pela conquista do campeonato. Ganhámos 2 campeonatos em 4 épocas. Tivemos muitos títulos, muitas finais disputadas e um balanço positivo. Foi um campeonato em que acabámos com grande distância para o 2.º classificado, numa liga que é muito difícil. Os três grandes perdem poucos pontos e tínhamos de fazer um campeonato praticamente perfeito. Em casa conseguimos ganhar todos os jogos e isso significa que no final ficamos mais perto do título", lembrou Antonio Adán, que somou um total de 156 jogos pelo Sporting.
Em entrevista aos espanhóis, Adán comparou a rivalidade entre Sporting e Benfica à que se vive em Sevilha, entre o Betis e o Sevilha.
"A cultura de futebol em Lisboa é muito parecida com a de Sevilha. Lisboa é uma cidade praticamente dividida entre Sporting e Benfica a 50%. Existe muita pressão nas ruas, no estádio. Vive-se cada dérbi de uma forma especial. Os três grandes estão sempre na luta, há muitos jogos entre eles durante a época, tanto nas taças como no campeonato. No fim de contas, isso também se sente nas ruas", explicou o guardião de 37 anos, que foi alvo de homenagem no final do jogo contra o Chaves, o último em Alvalade.
"A homenagem foi um momento espectacular", admitiu, antes de falar do futuro, que passará ainda pelas balzias.
"Ao dia de hoje, é preparar-me para estar a 100%. Gostaria de voltar a Espanha, estar algum tempo lá, veremos com a família como vamos decidir hoje. Gostaria muito de poder sentir outra vez a liga espanhola", assumiu Adán.