Faustino Gomes, um dos agentes FIFA de Cardoso Varela, reagiu este domingo às constantes notícias em torno desta novela, com uma nota à comunicação social.
"Acho que devo esclarecer os factos porque em nenhum momento constou o meu nome oficialmente nos documentos, quer na procuração quer no contrato com a Puma ou mesmo com o FC Porto. Sempre foi a família que assinou. Ficou provado para as autoridades competentes que não houve rapto, mas foi sim tudo feito com consentimento da família do miúdo. Isso é um processo que começou com Fernando Gomes, o Bibota, e veio arrastando-se por muito tempo infelizmente", começou por explicar o empresário.
"O presidente Villas-Boas - que assumiu a presidência poucos dias antes do término do contrato no dia 30, domingo passado - tudo fez para levar este caso a um bom porto, mas infelizmente não houve acordo com a família depois da reunião de dia 28 com o diretor do FC Porto e 29 com o senhor presidente Villas-Boas, um dia antes do término do contrato de formação", acrescentou.
"O papel de representante de um atleta menor nunca estará acima da decisão familiar, que fique claro. Sigo as coordenadas da família. São eles que mandam como dita a lei. Não posso abandonar o miúdo que não tem culpa de nada só que não houve acordo ambas as partes. Tenho boa relação com o presidente Villas-Boas - ainda hoje (ontem) estivemos a falar porque tenho mais atletas no FC Porto. Ele sabe qual é a minha posição nesse processo", esclareceu Faustino Gomes.
Segundo a imprensa nacional, Cardoso Varela terá viajado no sábado, acompanhado por Faustino Gomes, bem como por Wilson Sardinha, outro agente, e mais dois outros jovens jogadores, para a Croácia, onde jogará no modesto NK Dinamo Odranski Obrez, equipa da 3.ª Divisão, apenas até completar os 16 anos, a 29 de outubro, e poder assinar contrato profissional, com uma equipa alemã, ainda desconhecida.
O FC Porto suspeita, e daí a queixa à FIFA, que os representantes do jogador vão encaixar 5 milhões de euros com este esquema.