Agra e o poste foram os salvadores do ponto: Famalicão e Boavista empatam (1-1)
Recorde as principais incidências
João Pedro Sousa colocou um objetivo em mente dos jogadores do Famalicão: vencer dois jogos consecutivos. Para isso, é sempre preciso vencer o primeiro e a equipa famalicense vinha de uma derrota em Arouca antes da receção ao Boavista.
Talvez por esse resultado e por uma maior urgência de vencer esta partida, o que, diga-se, colocava o Boavista acima do Famalicão, o que poderia deixar a equipa minhota numa luta inesperada no início da época (chegou a falar-se em Europa e na final da Taça de Portugal...), a Pantera tenha entrado aguerrida.
Num lance que acabou por ser exemplo da primeira parte errática do Famalicão, Salvador Agra lançou o primeiro aviso na direção de Luiz Júnior, que evitou o 0-1 logo aos quatro minutos.
Além de querer regressar às vitórias, o Famalicão tentava também deixar a baliza a zeros em casa, o que não acontecia há cinco jogos.
Embora o Boavista continuasse ligeiramente por cima, o ataque de Sorriso foi mesmo o primeiro esboço de felicidade para os lados de Famalicão, embora Abascal tenha resolvido o problema causado pelo extremo.
Com a partida equilibrada e num ritmo alto, acabou por ser o Famalicão a abrir o marcador no primeiro lance de verdadeiro perigo na área boavisteira. No lugar do castigado Jhonder Cádiz, Florian Danho teve arte e engenho para uma acrobacia ao minuto 16, na sequência de um pontapé de canto que tinha sido desviado por Bruno Onyemaechi em cima da linha de golo.
E como um golo muda um jogo, uma partida que estava a ser equilibrada passou a ter ascendente famalicense numa etapa delicada do encontro.
Nesse período, um desvio de Sasso podia ter desviado definitivamente o Boavista da disputa da partida, mas o voo de João Gonçalves manteve os axadrezados em jogo e motivou uma maior pressão da equipa de Ricardo Paiva.
Tal como no início do primeiro tempo, o Boavista acabou o primeiro tempo a desperdiçar um erro na construção do Famalicão. Gustavo Assunção entregou a bola a Bozeník, que tentou o remate colocado mas foi travado pela luva direita de Luiz Júnior, que não teve assim tantas dificuldades porque o remate também não saiu assim tão colocado.
No final da primeira parte, as estatísticas traduziam o tal equilíbrio que se foi vendo dentro das quatro linhas, mas era a estatística fundamental, a dos golos, que ia fazendo a diferença no Municipal de Famalicão.
Numa altura em que o campeonato aperta (a Liga Portugal entrou no último terço), somar um ponto é bem mais importante do que perder três. Por isso, tal como aconteceu no início da partida, o Boavista voltou a sair melhor dos balneários.
Bozeník voltou a ver o golo passar-lhe ao lado, logo aos 47 minutos, depois de uma boa jogada de Onyemaechi e o Boavista deixou passar aí o ímpeto com que veio dos balneários.
Num ritmo mais morto, apesar de, aqui e ali, o jogo ter partido, o Famalicão podia ter chegado à tranquilidade com o bis de Danho, novamente após um pontapé de canto, anulado depois de o VAR ter detetado um toque na mão do avançado famalicense.
Tal como tinha acontecido na primeira parte, com aquela defesa de João Gonçalves, viu-se um Boavista reativo, desta vez para chegar ao empate. A fazer lembrar os primeiros anos na Liga Portugal, Salvador Agra percorreu o flanco esquerdo, sentou Mihaj e rematou forte, com a bola a bater no poste antes de entrar na baliza de Luiz Júnior (69 minutos). Uma vez mais, a defesa famalicense cedeu e assim tudo ficou mais difícil.
Na teoria, o empate não interessava a nenhuma das equipas, mas na prática não foi bem assim. O jogo caiu para um ritmo pouco interessante, com o Famalicão a ficar reduzido a 10 por lesão de Henrique Araújo, mas a ficar muito perto da vitória no último lance da partida. Francisco Moura, de pé esquerdo, atirou forte, mas tal como Agra, também o poste foi o Salvador boavisteiro.
Homem do jogo Flashscore: Salvador Agra (Boavista)