Álvaro Pacheco e Estoril: as razões para a separação
Álvaro Pacheco foi apresentado na Amoreira a 19 de junho, assumindo nesse dia o primeiro desafio desde a saída do Vizela, onde realizou um trabalho muito positivo durante três temporadas e meia. O projeto vendido pela direção dos canarinhos foi de que o Estoril pretendia um "futebol positivo", "entusiasmante", mas o treinador foi sentido muitas vezes que essa era uma realidade para as quais não existiam condições.
O mercado foi o primeiro (grande) problema. A saída do diretor desportivo Pedro Alves ainda em período de pré-temporada, em rota de colisão com a direção, teve reflexo nas contratações: o Estoril foi uma das últimas equipas a fechar o plantel, sendo que o setor mais prejudicado acabaria por ser a defesa, com vários jogadores a serem contratados na reta final do mercado.
Ainda nesse capítulo, o Flashscore sabe que a maioria das contratações foram escolha do scout e/ou do presidente do Estoril, este último a assumir o papel de Pedro Alves após a sua saída, enquanto os nomes sugeridos por Álvaro Pacheco foram constantemente rejeitados.
Este desacordo de vontades, além de minar a relação entre as partes, levou a que o início da pré-época do Estoril fosse feita em grande parte com jogadores da equipa sub-23, com a integração tardia de reforços, o que teve sério impacto no planeamento e rendimento da equipa.
O arranque até foi positivo, mas a equipa caiu rapidamente de rendimento, confirmando-se aquilo que o treinador mais temia. Ou seja, não tinha soluções para implementar aquilo que pretendia.
O momento do Estoril
O Estoril ocupa a 17.ª e penúltima posição da tabela classificativa da Liga Portugal, muito por conta das últimas quatro jornadas (três derrotas e um empate), embora tenha o 4.º melhor registo ofensivo da competição, apenas atrás de Boavista, Benfica e Gil Vicente.
Aliás, sob a liderança de Álvaro Pacheco, que potenciou jovens jogadores como João Marques, o Estoril chegou mesmo a igualar o recorde de 10 golos marcados à 5.ª jornada no novo século, que pertencia a Marco Silva. Só em 1951/52 (há 72 anos) é que o Estoril tinha marcado mais golos nas primeiras cinco primeiras jornadas (13 golos).
Sucessor
De acordo com as informações recolhidas pelo Flashscore, Pepa é um dos nomes da lista da direção estorilista para a sucessão, embora de difícil alcance, após a passagem pelo Cruzeiro, e o outro é Vasco Seabra, que liderou o Estoril no escalão sub-23 em 2018/19.