Amorim confirma ausências, esclarece palavras sobre Nuno Santos e admite: "Este é o melhor Sporting"

Siga as principais incidências da partida

Lesionados: "O Inácio recuperou, o Eduardo Quaresma também, integra a convocatória. Marcus e Pote não vão estar, dificilmente estarão antes da paragem de seleções. Não queremos arriscar nada e estamos a contar com esse tempo. Os dois devem estar fora".

Estoril: "É difícil como todos os jogos. Não sabemos como vai estar o tempo. Isso tem muita influência. Joga em 4-3-3, com uma forma de defender parecida ao do Midtjylland, o Vizela antigo também defendia assim. Fomos olhar para essas equipas e ver o que se pode melhorar. Acho que temos um bom plano para manter a dinâmica ofensiva. Quando ganham a bola, tem muita gente na frente, pressionam os centrais, têm miúdos talentosos, perderam jogadores importantes. O jogo vai ser díficil, mas estamos preparados, num bom momento e queremos manter essa dinâmica".

Onze: "O que vamos apresentar é o melhor onze para este jogo. É essa a gestão que fazemos. A única maneira de fazer gestão é perto do fim, quando os jogos permitem. Não estamos a pensar no PSV, estamos a pensar que temos de ganhar no Estoril. Os nossos rivais estão a jogar bem, não perdem pontos, portanto também não podemos perder".

Daniel Bragança: "Está bom, pronto, num bom momento e é opção".

Gyokeres: "O mercado esteve aberto bastante tempo e não foi vendido. Não será só a Juventus que estará a ver o jogador. Não controlamos o mercado. O Viktor é nosso jogador. Disseram que saía em janeiro passado, depois no verão e agora janeiro. Não vale a pena falar disso. Está claro para todos o valor do Viktor. O importante é manter-se a jogar assim e a fazer golos pelo Sporting".

Registo defensivo: "Mais do que manter os jogadores, importante é manter os comportamentos. A forma como reagimos quando perdemos a bola é algo que tem de se manter. Os jogadores já provaram que conseguem desempenhar o mesmo papel dos colegas com características diferentes".

Maxi Araújo: "Está preparado para ser titular, claramente. Está à espera da oportunidade. Sente-se diferente na velocidade. A velocidade em que jogava no campeonato mexicano é diferente da nossa. Teve menos treino do que o Conrad, que não foi à seleção. O Maxi chegou, treinou um dia e foi para o Uruguai. Isso atrasa um bocadinho. Ele tem qualidade, é um jogador internacional numa excelente seleção".

Guarda-redes titular: "Irá manter-se o Franco Israel para este jogo e nos próximos iremos gerir, como nas outras posições".

Palavras sobre Nuno Santos: "Não falo do futuro dos jogadores. Acho engraçado queixarem-se que falo diretamente. Querem a porta aberta, damos mais um bocadinho e é um problema. O Quenda foi uma curiosidade, perguntaram se estava nervoso e eu disse que não estava porque alguém que adormece é porque dorme descansado. O Nuno Santos? É uma relação muito especial. Quando eu digo aquilo é para a vida dele. Ele tem de usufruir porque isto um dia vai acabar e vai perceber que andou preocupado com certas coisas. Ficar preocupado com jogar ou não jogar? Ele dá sempre o máximo. Vocês meteram essa parte da crítica, que não foi crítica nenhuma, eu disse que era um dos jogadores mais importantes, que tinha fome, intensidade, e isso não foi falado. A minha preocupação é defender o Nuno Santos em todo os momentos. Não foi crítica. O Nuno Santos percebe que quando o criticam porque o vidro caiu ou fez um gesto em Vizela, quem o defende sou eu. Ele conhece-me muito bem e quando tenho de dizer certas coisas, digo e com uma abertura que às vezes não devia falar".

Treinador é o homem dos porquês: "Acho que o treinador deve pensar sempre nos porquês. Quando mandar um jogador fazer qualquer coisa, tem de pensar sempre que um jogador vai perguntar porquê e tem de ter uma explicação. É tentar apanhar essa ideia de todos os ângulos. Eu fui jogador e um jogador gosta de ter uma certeza. Na conversa com o Hugo Leal, lembrei-me disso porque o treinador tem de saber que o jogador vai questioná-lo e saber os porquês".

Descontentamento após jogos: "Consigo ver as limitações, conheço bem a minha equipa. Temos consistência, já se nota que o Sporting joga sempre desta maneira, mas sinto que temos de trabalhar cada vez mais porque quando o nível aumenta um bocadinho temos dificuldades aqui e ali. Não nos podemos deixar levar por exibições e resultados. Há sempre algo a melhorar. Não vivo muito confortável com esta história de que o Sporting é imparável e não vai perder pontos, é algo que me afeta bastante e que me deixa desconfortável. Esta conversa de que somos das melhores equipas de sempre em Portugal, quando perdermos os primeiros pontos vão dizer que era só conversa. Daí às vezes exagerar um bocadinho. Não elogio tanto os jogadores como devia. Acho que têm estado muito bem, mas que podem fazer melhor".

Debast: "As características estão lá. É um jogador rápido a chegar à bola, tem problema de agressividade mais perto da área, com bola é muito bom, tem capacidade de lançar os nossos avançados. O que observámos no Anderlecht, estamos a ver aqui. O Quaresma recuperou, vamos ver a luta entre eles. É o jogador que vimos, tem espaço para melhorar".

Cláusula de Gyökeres em janeiro: "Acho que não há, não conheço o contrato, mas acho que não há cláusula, não é política do clube"

Médios: João Simões não vai ser convocado, vai jogar na equipa B, eles têm Youth League. Eu gosto de plantéis curtos, imagino a rotação, temos o Pote, que faz várias posições e quando houver mais lesões tem de haver a formação. Quando é que vão ter espaço? Podíamos ter ficado com o Dário, mas íamos prender a evolução dele. Às vezes temos de arriscar um bocadinho. O Mateus saiu porque tínhamos de vender alguém. Podemos ter um azar, mas plantéis curtos ajuda à competitividade e à formação, caso contrário só entram se houver mesmo muitos lesionados".

Melhorias defensivas: "A equipa cresceu muito na forma como reage, acho que estamos mais rápidos. Senti bastante conforto dos jogadores a ficarem homem para homem, não deixávamos o Seba homem para homem, mas sempre que penso nisso acho que estamos no caminho certo, mas imagino jogos mais difíceis e aí vem essa preocupação. Não temos muito tempo para treinar e as características dos jogadores não são perfeitas para defender a área como era com o Feddal, Neto e Seba. Eles cresceram muito rápido e adaptaram-se ao um para um longe da baliza, é dessa forma que temos de defender. Não me surpreenderam, mas melhorámos rápido a reação, duelos e forma de defender. Sinto que vamos ter testes onde estas coisas que eu digo no fim do jogo vai ser claro para toda a gente. Sei que vamos sofrer e quero demonstrar aos jogadores que há jogos em que, se calhar, vamos ter outra ideia da nossa valia".

Rotação: "Antigamente era mais díficil, há muitos jogos e há espaço para todos. Não nos podemos esquecer do Marcus (Edwards), que bem fisicamente é difícil tirá-lo. Temos de escolher, fazer gestão e o segredo é estar nas competições todas para que eles tenham espaço. É uma dor de cabeça boa e um passo que o clube, e eu como treinador, tínhamos de dar".

Sporting da era Amorim: "Acho que é o melhor. É o que tem mais intensidade, mais confiança, acredita mais em si, sinto isso nos jogadores. Quando vamos para o jogo, não sei qual vai ser o resultado, mas sinto-me mais tranquilo sobre o que vai acontecer no jogo, há consistência. É tudo mais claro quando vou para o jogo. Diria que, neste momento, demos um passo em frente e está claramente mais perto da ideia que eu tenho para o Sporting, portanto é o melhor Sporting".