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Análise: Paulo Turra tem bons resultados, mas precisa melhorar desempenho

Um raio-x ao novo treinador do Vitória de Guimarães
Um raio-x ao novo treinador do Vitória de GuimarãesVitória SC
Paulo Turra chegou ao Vitória de Guimarães para procurar um novo rumo na carreira. O treinador começou o ano com muitas expectativas ao suceder a Luiz Felipe Scolari no Athletico Paranaense, mas a saída do seu mestre para o Atlético Mineiro abreviou o trabalho no Furacão. No Santos, foi demitido ao fim de sete jogos.

Os resultados de Turra no Athletico são a maior esperança para os adeptos minhotos. Foram 25 vitórias, 4 empates e 7 derrotas em 36 jogos, com um aproveitamento de 73,1%. 

O treinador foi campeão estadual paranaense invicto, conseguiu a qualificar o Furacão para os oitavos de final da Taça Libertadores com uma jornada de antecedência, avançou até aos quartos de final da Taça do Brasil e deixou a equipa à entrada dos seis primeiros classificados no Brasileirão. Ou seja: cumpriu todos os objetivos.

O Athletico de Turra não perdeu nos primeiros 18 jogos da temporada, com apenas três empates nesse período. Outra façanha foi ter vencido o Botafogo em duas ocasiões, tanto no campeonato, como na Taça do Brasil. À exceção das derrotas com Turra, a equipa anteriormente liderada por Luís Castro só perdeu uma vez nos últimos cinco meses.

Críticas às atuações

Se os resultados de Paulo Turra foram muito bons, o mesmo não se pode dizer das atuações. Os adeptos do Athletico reclamavam com frequência do desempenho nos jogos. As queixas centravam-se na postura demasiado defensiva da equipa. Mesmo com bons resultados, era comum ver críticas a Turra.

Os números, mais uma vez, jogavam a favor do treinador. Nas 36 partidas, o Furacão marcou 64 golos e sofreu 31.

No desenho tático, Turra costuma montar as equipas em 4-2-3-1, com variação para o 4-3-3. O técnico geralmente opta por médios defensivos de bom passe, que não se preocupam apenas com a marcação. No ataque, teve à disposição duas das maiores promessas brasileiras: Vitor Roque (Athletico Paranaense) e Marcos Leonardo (Santos). Ambos tiveram boas médias de golos sob o comando do novo treinador do Vitória de Guimarães.

Passagem curta no Santos

Paulo Turra foi mais uma vítima da “máquina de moer treinadores” em que se transformou o Santos nos últimos anos. Desta vez, os resultados não ajudaram muito: uma vitória, três empates e três derrotas. Assumiu o Peixe no 13.º lugar e foi despedido em zona de despromoção, em 17.º.

O desempenho defensivo também foi péssimo, com 14 golos sofridos em sete jogos — e apenas oito marcados. Turra ainda teve que lidar com a ausência dos adeptos no estádio, por causa de um castigo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) do Brasil ao Santos. Com crise dentro e fora de campo, a direção decidiu despedir o treinador.

Para conseguir sucesso na Liga Portugal, Turra terá de aliar os bons resultados que alcançou no Athletico a uma melhoria considerável no nível de desempenho. O contrato até 2025 mostra que a direção do Vitória confia no seu trabalho. Um bom desempenho na Europa é a grande oportunidade para Turra recuperar o seu prestígio.