Batismo de fogo no Dragão termina com goleada e galo no tapete: FC Porto vence Gil Vicente
Recorde as incidências do encontro
As surpresas começaram ainda antes do apito inicial com o novo timoneiro portista a baralhar o onze, colocando Galeno a lateral esquerdo e promovendo Eustáquio e Iván Jaime à titularidade, prescindindo de João Mário e Grujic.
Nos gilistas, recordar que Tozé Marreco deixou o cargo a meio da semana e Carlos Cunha ocupou o banco de suplentes - já entregue a Bruno Pinheiro a partir de domingo -, e destacar a titularidade do reforço espanhol Javier Aguirre na frente do ataque.
O Dragão afinou as vozes logo ao minuto três para homenagear Pepe, o central português que anunciou a reforma esta semana depois de deixar os azuis e brancos no final da última temporada. Dentro das quatro linhas, os anfitriões iam dominando o jogo perante um Gil Vicente em contenção, embora sem criar perigo.
À passagem dos 20 minutos começou o assalto com dois cruzamentos consecutivos, o primeiro afastado in extremis por Zé Carlos, o segundo para Nico cabecear por cima da trave e ainda um remate de Galeno para fora do alvo. O ímpeto ofensivo deu frutos quando Buatu usou os braços para impedir o remate de Nico na área, provocando uma grande penalidade convertida por Galeno, aos 31 minutos. Andrew ainda tocou, mas o remate foi bem colocado.
Os dragões soltaram-se e começaram a carregar à procura do segundo, que poderia ter chegado numa boa jogada de Martim Fernandes e um grande passe de Varela, mas a defesa gilista ofereceu o corpo ao remate de Iván Jaime. A pressão portista provocava recuperações em zonas promissoras, mas sem o melhor discernimento na finalização. Pelo meio, um livre estudado do Gil Vicente ainda assustou, mas a defesa da casa conseguiu afastar.
O duelo arrastou-se até ao intervalo, embora os barcelenses se tenham soltado um pouco mais no ataque antes do descanso.
No reatamento, os galos tiveram uma entrada forte e colocaram à prova Diogo Costa, mas o FC Porto voltou a reequilibrar o tabuleiro e voltou ao controlo, com Nico a desperdiçar uma grande ocasião, apesar de um aparente fora de jogo no início da jogada. De qualquer das formas, os dragões acabariam por ampliar a vantagem num grande remate de Iván Jaime após passe de Gonçalo Borges e recuperação no meio-campo ofensivo. O espanhol leva já dois golos esta época, superando a marca da época passada, em que só marcou um.
Pouco depois, Alan Varela ligou o radar e descobriu a desmarcação de Nico na grande área com um passe teleguiado, correspondido por uma excelente receção do espanhol que foi prontamente derrubado pelo guardião Andrew. No segundo castigo máximo, Namaso assumiu a cobrança com um penálti clássico: guarda-redes para um lado, bola para o outro e o 3-0 no marcador.
Atordoado com o resultado, o Gil Vicente ainda teve mais uma péssima notícia com a expulsão por duplo amarelo de Sandro Cruz após uma entrada forte sobre Vasco Sousa. Fran Navarro, André Franco e Evanilson ainda foram a jogo para tentar aumentar a contagem, mas à exceção de uma grande oportunidade para o avançado espanhol, os dragões foram gerindo o jogo até ao apito final.
Vítor Bruno estreou-se assim no Estádio do Dragão com uma vitória convincente que permitiu também dar minutos a jogadores internacionais. Do lado do Gil Vicente, as circunstâncias obrigaram a uma exibição mais contida e defensiva, e há muito trabalho a ser feito por Bruno Pinheiro, embora existam individualidades com muita qualidade para os lados de Barcelos.
Homem do jogo Flashscore: Galeno (FC Porto).