Águia dispara no vermelho: Benfica dá a volta ao Rio Ave (4-1) e amealha três pontos
Recorde as principais incidências da partida
Vinte e quatro horas depois do líder Sporting entrar em campo para vencer em Chaves (0-3), o Benfica tinha encontro marcado com o Rio Ave, que chegava à Luz depois de ter interrompido uma série de cinco jogos sem vencer no arranque do novo ano, e o objetivo era só um: três pontos.
A vitória a meio da semana contra o SC Braga (3-2) tinha sido uma boa injeção de confiança para os homens de Roger Schmidt e o treinador germânico preferiu não mexer na equipa, mantendo o mesmo onze, ao contrário de Luís Freire, técnico rioavista, que mudou uma peça no ataque - Amine entrou para a vaga de Leonardo Ruiz.
Frio de Guga, gelo de Trubin
O favoritismo estava de lado do Benfica, mas quem assistiu à primeira meia-hora teve dificuldades para defender essa teoria. O Rio Ave entrou com personalidade na casa do campeão nacional e chegou sem surpresa ao golo da vantagem, por intermédio de um médio com passado na formação encarnada: Guga. O capitão do emblema de Vila do Conde aproveitou um passe atrasado de Fábio Ronaldo para bater Trubin.
O 0-1 era, de facto, surpreendente, mas era ainda mais surpreendente a facilidade com que o Rio Ave entrava pelo meio-campo do adversário, criando oportunidades de golo de forma sucessiva, sem que o Benfica tivesse capacidade para impedir essa ousadia e até mesmo de protagonizar lances de perigo junto à área contrária.
Se o golo madrugador de Guga tinha sido como um balde de água fria para os adeptos benfiquistas, a postura gelada de Trubin entre os postes impediu que a vantagem dos visitantes fosse ainda mais dilatada antes da meia hora. Fábio Ronaldo (16 minutos) e Guga (18) obrigaram o guarda-redes ucraniano a dizer não ao 0-2, o mesmo desfecho teve o cabeceamento com selo de golo de Boateng (25), após um passe soberbo de Miguel Nóbrega.
O Benfica estava encostado às cordas e precisava de alguém capaz de inverter o rumo dos acontecimentos. "É melhor chamar... Rafa". Aos 29 minutos, o velocista em final de contrato galgou metros e assistiu Di María para o golo da igualdade, um mal menor para uma primeira parte de algum sofrimento das águias.
Poste, poste e... expulsão
O empate galvanizou a equipa da casa e João Mário ficou perto de dar um final diferente ao primeiro tempo. Jhonatan impediu. De volta dos balneários para a segunda parte, o Rio Ave voltou a entrar com tudo e teve oportunidades mais do que suficientes para voltar à dianteira do marcador.
Boateng enviou uma bola ao poste, aos 46 minutos, e João Graça não quis ficar atrás do ganês e também enviou uma bola ao ferro da baliza de Trubin, aos 49, um sinal claro de que não ia ser nada fácil para o clube lisboeta dar a volta ao resultado. Mas...
A expulsão de Aderllan Santos mudou tudo. Foi este o momento-chave do jogo. O experiente central meteu a mão na bola pouco antes da hora de jogo e recebeu ordem de expulsão. Um minuto depois, Di Maria atirou de livre para defesa de Jhonatan e mais um minuto de jogo e António Silva consumou a reviravolta, aproveitando um lance muito confuso na área do Rio Ave.
Em superioridade numérica (e no marcador), o Benfica geriu o encontro a seu bel-prazer, perante um adversário já sem força para mostrar a sua melhor versão, e a goleada apareceu com relativa naturalidade. O reforço Marcos Leonardo entrou e estreou-se a marcar de águia ao peito, aos 81 minutos, depois de uma bela jogada de entendimento entre Rafa e Aursnes.
Por fim, aos 90+1, João Mário apresentou as contas finais. 4-1 e não se fala mais nisso.
Melhor em campo Flashscore: Rafa Silva (Benfica)