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Para este duelo entre leões, José Mota mexeu em duas peças do xadrez, com as entradas de Marco Matias e Geovanny Almeida (Gio) no onze, enquanto Rúben Amorim segurou o mesmo onze que venceu o Nacional por 1-6 e desde cedo teve a confiança retribuída.
Entrada de campeão
O Sporting entrou a todo o gás no Estádio do Algarve e só um inspiradíssimo Ricardo Velho - ainda é novidade? - foi adiando a vantagem dos campeões nacionais. Pote foi o primeiro a ser travado por uma defesa brilhante do melhor guarda-redes da temporada passada para o Flashscore, aos quatro minutos, Lucas Áfrico deu o corpo às balas para travar o remate de Gyokeres que, pouco depois, perdeu no um para um com o guardião.
Longe de se inibar, a turma de Rúben Amorim foi ainda mais fantasista, com Quenda e Trincão especialmente endiabrados, e o golo inaugural surgiu precisamente num momento de irrupção do primeiro, aos 27 minutos. Numa rápida mudança de velocidade, entrou na área, tocou para Pote que, com um passe extraordinário, picou para a entrada de Bragança cujo remate foi travado novamente por Ricardo Velho, mas, na recarga, Gyokeres não perdoou.
O Farense, muito dependente das transições, ameaçou pela primeira vez a baliza de Kovacevic logo no reatamento, num remate acrobático de Belloumi que Gonçalo Inácio parece ter impedido de ir para a baliza.
No entanto, continuou o festival ofensivo dos leões que acabariam por beneficiar de uma grande penalidade por mão de Lucas Áfrico, confirmada depois do árbitro Tiago Martins ter consultado o monitor do VAR, aos 41 minutos. Foi um momento inglório para Ricardo Velho que, apesar de ainda ter adivinhado e tocado no esférico, não travou o remate forte e colocado de Gyokeres.
Em cima do descanso, Quenda ainda teve oportunidade para dilatar o resultado depois de uma perda de bola, só que, na altura de finalizar atirou ao lado do poste.
Vira o disco e golo de Gyokeres
No regresso dos balneários, José Mota queria dar mais segurança com bola à equipa e lançou Rafael Barbosa para o lugar de Neto, mas voltou a ser o Sporting a ameaçar, através de Pote num remate desviado pela defensiva. O técnico dos algarvios ainda não estava satisfeito e voltou a mexer, promovendo as entradas de Darío Poveda e Álex Millán, em estreia.
A diferença foi notória, o Farense cresceu com Rafael Barbosa a assumir a batuta e a proporcionar momentos de posse de bola com qualidade. O problema é que, do outro lado, o campeão - e um certo sueco - estava com fome de golo. Trincão ainda ameaçou intrometer-se com um remate em arco, mas o terceiro golo só tinha um nome: Viktor Gyokeres. O melhor marcador da temporada passada foi ganhando metros até entrar na área e rematar cruzado e rasteiro para assinar o hat-trick, aos 66 minutos. Foi o nono golo do sueco contra o Farense, igualando um tal de Peyroteo.
Nuno Santos foi a jogo, possivelmente para preparar o Clássico da próxima jornada perante o FC Porto, e pouco depois teve influência direta no resultado: num livre estudado, Pote levantou para um cruzamento-remate do ala esquerdo que atingiu Lucas Áfrico na cara e traiu Ricardo Velho para o 0-4.
Feliz com o que via, Amorim lançou o reforço Debast e Marcus Edwards que não precisou de muito tempo para pintar um belíssimo quadro. Aos 81 minutos, o extremo inglês arrancou de trás do meio campo, fez um slalom ao entrar na grande área deixando vários adversários para trás, antes de bater Ricardo Velho para assinar o quinto golo.
Até ao apito final, Gyokeres ainda esteve muito perto do poker por duas ocasiões, mas o resultado não se viria a alterar. Uma mão cheia de confiança para os leões antes de receberem os dragões na luta pelo título.
Homem do jogo Flashscore: Viktor Gyokeres (Sporting).